terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sobre Aniversariar

Parte I


Eu cresci. O ano começa a me dar tapas na cara. Tapas, bem dados. O tipo de tapa que em um episódio dos trapalhões eu daria um rodopio, em uma novela eu retribuiria, tamanha violência, tamanha necessidade.
Olho pra mim, e vejo alguém inocente, inexperiente melhor dizendo, nas palavras da Doce. Engraçado isso, e bem triste também, de só se sentir adulto quando vê a parte triste do mundo, a realidade enfadonha das coisas, e a desgraça presente ao nosso lado. Fui mostrado a verdades que sempre estiveram na minha face, que convivi durante 17 anos e nem sequer desconfiei de sua possibilidade.
É triste você ver que sua até então lealdade e fidelidade em confiar em alguém no primeiro instante por amar esse alguém, tornar-se uma inútil inocência quando a verdade prevalece. Sim, a verdade prevalece. A verdade. O dogma incontestável. Sinto paredes ruir, relações morrerem, pessoas mudarem, e sinto a idade chegar. A seriedade das conversas, (nem digo das responsabilidades, não ainda,) me cospe nos olhos a idade chegando. O envelhecimento do corpo, o amadurecimento do ser, e a tristeza do olhar.
As relações daqueles que amo passam a me afetar, palavras passam a mudar o destino, até então incontestável, das coisas e finalmente começo a ver tudo. Iludido por um mundo infantil, por sonhos pitorescos, sinto-me jogado à realidades brutas que me vislumbram o futuro doloroso.
Eu realmente sinto por tudo que passou, e desejo que o tempo faça seu trabalho da melhor maneira. Que ainda que pacientemente, a esperança na melhora prevaleça, porque por mais inocente ou inexperiente que por deveras eu possa ser ainda acredito nessa realidade que eu mesmo já presenciei. O tempo continua sendo o melhor remédio, pras merdas ignóbeis que nós ousamos proferir.
E que esse fardo dezoital, me traga mais experiência, e que eu possa fazer meu próprio caminho, sem ser espelho, reflexo, ou marionete de ninguém.


Escrito em 04/01/2011

Damien Rice - 9 Crimes


Parte II


Que as esperanças não sejam perdidas. Quero que com essa nova perspectiva de vida eu possa mesmo mudar. Que possa empreender sempre o que quero. Que na empreitada, novos desafios apareçam e eu tenha alteridade para desvendá-los. Que eu amadureça no tempo necessário. Que pense mais e melhor sobre as coisas, sobre o mundo. Conselhos que dou a mim em mesmo em busca de uma credibilidade nata.

Eu sinto pouco e sinto muito. Começo a odiar o destino, começo a odiar o fato de que é definitivamente intransponível a realidade da saudade. Eu odeio ter que me separar das pessoas. Agora que realmente me dou conta de que também terei que me afastar das pessoas que me acolheram durante um ano e meio odeio a realidade por isso. Por não poder vê-las mais, e todos os dias. Não acho que seja questão de ter dado mais valor a eles, acho que é o fato de que agora me irrita. Parece injusto comigo, agora que me apeguei, que me aproximei, que gostei mais, que me acomodei...ooops...é isso. Me acomodei.

Acho que os adultos são infelizes nas verdades sobre os amigos passarem, eu desejo que todos eles fiquem, mas temo que nunca conseguirei construir nada sólido em um só lugar.

Quero crescer, quero namorar, quero ser feliz, quero que venham os 18 e peço amplitude. Em todos os sentidos e para todos os lados. Quero ser feliz.


É tudo que eu peço de presente.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Só Agora.

Só Agora - Pitty

Eu temo. Temo que todo o coração não seja válido. Temo que todo o sentimento seja em vão. E ao mesmo tempo que meu lado inseguro teme, o confiante diz que nada é em vão. Nunca é. Não posso acreditar que algo o é.
Não sei o que está prestes a acontecer, e sei o quanto quero saber. Sei o que quero esperar, sei o que quero ver, sei o que quero sentir...
Mas pode não ser nada como eu quero...
Nesse caso, devo recorrer à este.
Lê-lo em voz alta e sozzinho.
Dizer pra mim mesmo o quanto eu sou capaz.
O quanto eu realmente acredito no meu potencial mas duvidei dele por deveras, e me arrependi tarde demais da minha falta de nata confiança.
Que eu possa enxergar através da nuvem de poeira, da névoa e de todo o vapor que tampar meus olhos e ver que meu objetivo só se fastou um pouco porque o caminho que escolhi exige esofrçor...diferentes.
Lembrar a mim mesmo do quanto meus pais se importam comigo, o quanto me amam, e o quanto sofrem com cada suspiro meu em vão.
Que eu possa de alguma forma, realmente, lhes proporcionarcalma e compreensão sob minhas escolhas e que possa lhes fazer sofrer o mínimo possível.
Que eu possa ter a força de me levantar, de seguir em frente pelo caminho, diferente, que agora se abriu na minha frente.
Que eu tenha a paciência que Deus me possibilitou e que eu errôneamente insisto em negá-la, que possa usufruir desta da melhor forma em busca do meu caminho.
Que possa ter compreensão meu Pai, compreensão acima de qualquer circunstância e possibilidade de caminho, que possa compreender que Seus desígnos são supremos e que Sua vontade é absoluta sobre toda e qualquer ação. Que independente do caminho que vier, estarei contigo, em ti e para ti Pai. Que possa de forma sadia, digerir meu tempo de luto, minimizando-o o máximo que puder e transformando-o em dedicação para meu futuro.
Que possa ler estas palavras saída de minha própria boca (ou mão), em momento de lucidez e que possa definitivamente enxergar atráves da névoa que me cobre a face.
Que eu possa compreender e estar com Deus
Que meu caminho seja maravilhoso, pra onde quer que seja, e que eu seja abençôado por Ele onde quer que eu esteja.




No mais, espero que nada disso seja necessário.
Obrigado Por Tudo Meu Pai Celestial.