segunda-feira, 30 de março de 2009

"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente."



Mudanças Constantes.Esse foi o nome escolhido para esse blog.Há algumas semanas vi uma propaganda que me chamou a atenção...Não me recordo de que produto exatamente era, mas sei que ela me impactou muito.O tema principal dela era MUDANÇAS, mostrava o Barack Obama, a internet sem fio, e a Marta.Ambos símbolos de mudanças, um por ser o primeiro presidente negro e africano a governar os EUA, a internet por chegar a tamanha proporção em que cada vez mais o espaço mundial diminui, e por último nosso orgulho, Marta, que ganhou o prêmio de melhor JOGADOR de futebol do mundo.

A cada dia mais vemos as mudanças baterem em nossa porta, sejam elas favoráveis ou não, sejam elas agradáveis ou não.Mudanças que nem sempre estamos dispostos a engolir.Que nem sempre estamos dispostos a aceitar.Mas elas vieram para isso, essa é a missão delas.Mudar.

Pois bem.Hoje mesmo estava num laborátorio de análises clínicas e vi duas 'mães' conversando, uma delas, a da direita tinha um filho de uns 7-8 anos com deficiência na mão esquerda, a mãe da esquerda tinha um filho de uns 2-3 anos no máximo, e ele era surdo.Foi ao mesmo tempo incrível, pelo lado da inclusão, mas por outro lado chegou a ser irônico a cena que veria a seguir.Ao começarem a conversar ambas as mães falavam do tempo que estavam ali...enquanto a da esquerda amamentava o seu pequeno.Elas começaram, como todas as mães por sinal, a resaltarem as qualidades de seus filhos, mas senti no fundo no fundo que elas estavam disputando pela atenção do filho mais especial.É óbvio que não existe filho mais especial.Cada uma criará qualidades incríveis para descrever seu filho, e nunca chegarão em um consenso.Foi uma situação linda, e aí é que veio a mudança...tempos atrás crianças nascidas com algum tipo de deficiência eram sacrificadas, mortas por não serem 'perfeitas', mas como tudo no mundo perfeição é uma questão de opnião.E hoje com a aceitação, com a inclusão isso tem mudado muito, satisfatóriamente.

Voltando ao nosso tópico de discussão, o mundo está mudando.Posso não ser ninguém pra dizer isso, pois em 16 anos não vi quase nehuma mudança no mundo.Mas o conhecimento que adquiri até então me permite dizer isso.Passo por flashs da novela global das 20h e vejo que as tais castas da Índia estão cada vez menos rigorosas.Vejo que nem todo Rap é de negros.Vejo que nem todo gay é bicha.Vejo mudanças, e como disse anteriormente não sei se TODAS ELAS, me agradam ou não, pois aí entra o famoso comodismo e conformismo que criticamos tanto mas caimos nele ainda assim, entra a questão se queremos mudar, se realemnte será favorável a nós essa mudança?!

A questão é que temos que pensar cada vez mais nas mudanças a nossa volta, a curto e a longo prazo, sob o eu e sob o outro, porque nem sempre estaremos aptos a decidir por uma mudança.Portanto, tentem, ousem, mesmo que se arrependam depois, pelo menos não o será pela ausência de atitude.Hajam, enquanto a tempo meus queridos, pois a vida é curta e independente de mudanças temos que vivê-la I-N-T-E-N-S-A-M-E-N-T-E.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Espelhos.

Espelho quebrados refletem hoje a realidade de outrora, a realidade fajuta que eu me fazia crer, realidade essa que eu mesmo tinha forjado, com armas que não eram minhas, me defendia com suposições que não eram minhas...e talvez até hoje, nem todos os espelhos estejam quebrados. Talvez eles estejam só esperando que eu descubra a verdadeira realidade fajuta para com isso descobrir a verdadeira realidade, a minha realidade.E por fim quebrá-los.

Cada dia mais, convivo com mais pessoas. Cada dia mais, sou influenciado por mais pessoas. Cada dia mais, me vejo dependente de mais pessoas. Essas são algumas das realidades que me fizeram quebrar alguns espelhos. Mas de nada adiante quebrar espelhos, se você não tentar se enxergar na imagem distorcida, a imagem distorcida do que você se tornou e o que você deve tentar mudar, reconstruindo um novo espelho, construindo o SEU espelho. De nada vale descobrir a realidade verdadeira, a realidade pessoal se eu não utilizá-la a meu favor.


Podem parecer óbvias aos olhos de algumas pessoas, minha suposição de 'cada dia mais', mas não é! Tenho me observado, e tenho visto tudo, tudo mesmo, menos EU mesmo. Tenho visto características, gostos e jeitos muito interessantes mas apesar de toda a sua singularidade...eles são tudo, menos meus!


Tenho cada vez mais visto menos de mim em mim mesmo.Sinto a recorrente necessidade de ser original, mas a dificuldade para isso é enorme, e me faz recorrer à cópia, ao plágio e à fabricação de mais espelhos que deveria quebrar. Posso ser hipócrita, posso ser ridículo e sei que sou, pois ainda me importo, e muito, com a opnião das pessoas. Nem gosto tanto assim de tudo o que pensam que eu gosto, as vezes me vejo gostando de algo só pra parecer interessante aos olhos alheios. Só pra parecer interessante aos olhos de quem EU quero que pareça. Me pego inventando coisas em minhas histórias pessoais pra parecerem mais interessnates, me sinto ridículo quando isso acontece e prometo a mim mesmo que da próxima vez isso não acontecerá, que serei verdadeiro e aí vem a próxima vez, repentindo o que tinha prometido a mim em tempos passados. Talvez essas sejam verdades incontestáveis, axiomas, dogmas, mas ainda assim sinto vontade de mudá-las.


Na minha vida, sinto a recorrente necessidade de mudança, e talvez por causa dela tenha tantos problemas com minha personalidade, não sei o QUE sou, QUEM sou, QUANTO sou....não sei...não sei. Talvez esse seja meu problema, a minha constante necessidade de mudança, que me faz crer que preciso de pequenos pedaços de cada um que admiro pra forma o que eu sou hoje. Agora eu pergunto: Você é assim? Você conhece alguém assim? Por favor sane essa dúvida dentro de mim, afinal, eu sou o único? Sou um no meio de milhões?


Preciso de algo que me acalme nesse momento, que diga o que fazer.Aí entra mais uma caixa de espelhos que refletem o que não sou. Minha fixação pela companhia. Admiro e tento por deveras ser alguém individualista, assim como as pessoas que gosto tanto, mas caminho em direção oposta, me vejo cada vez mais necessitado dessas pessoas, me sinto cada vez mais O carente.Caminho com destino ao apego, ao apego pegajoso, me sinto incoveniente demais e extremamente dependente das pessoas.


Esses espelhos que acabo de quebrar refletem um monstro horroroso nele, um monstro que não queria ser revelado.Agora ele rasga meu peito com unhas de rancor, como seeu tivesse revelado ao mundo seus piores defeitos, e talvez o tenha feito.Como quem revela ao caçador a única forma de matá-lo.O mais irônico nisso tudo é que EU ao mesmo tempo sou a caça e o caçador.Sou o policial e o bandido.Sou o espelho e o refletido.

Nessa jornada só vejo um caminho. O único que me fará quebrar espelhos e me descobrir como pessoa.Talvez essa seja a mensagem mais pessoal que entrará nesse blog. Mas quero com essa revelação quebrar alguns espelhos, quebrar os espelhos forjados por mim, por armas que não eram minhas e com esse novo pensar, talvez criar meus próprios espelhos, reluzentes, límpidos e enfim inteiramente meus.

domingo, 22 de março de 2009

Antes eu era um... agora eu sou eu!



Cada dia que passa em minha insignificante vida, observo com mais vontade as pessoas. Tento fazê-lo de forma impessoal, como um curinga, observando tudo externamente. Essa impessoalidade é que traz a verdade, a realidade e a diferença do que todas as outras pessoas pensam e/ou dizem. São belas essas palavras, são reais e puras, mas mesmo sendo tudo isso de nada valeria pois elas não são minhas. São suas.

Conheci você há pouco tempo, num dia quente de verão, numa noite quente, foi o primeiro contato que muitas pessoas não curtiram. Foi o contato que eu achei estar sendo muito invasivo. Foi o nosso primeiro contato. Contato pelo michaelis quer dizer : Relação de proximidade entre dois ou mais corpos. Mas em nosso caso foi mais, muito mais que uma simples relação de proximidade. Foi uma ligação. Uma predestinação.

Desde então, venho me perguntando como é que, depois de tantas amizades consegui me render tão brusca e automaticamente a nossa. Há tempos atrás aprendi, a confiar cada vez menos nas pessoas, e mesmo isso não sendo demonstrado aparentemente, eu tive como filosofia pessoal. Filosofia essa que mantive até te conhecer. Com você porém foi inválida. A filosofia sofrida foi em vão.

Já usamos muito a desculpa de não saber descrever, para designar o que sentimos um pelo outro naquele primeiro encontro. Resolvi então por mais difícil que isso seja descrever, aquele momento mágico.

Eu estava ali pela segunda vez, tinha gostado muito da aula anterior mais me sentia ainda muito deslocado pois só conhecia uma ou duas pessoas ali. O exercício do dia era o da observação. Tinhamos que tocar no nosso companheiro de forma suave, de modo que interagíssemos com ele, mas mantendo um personagem. Esse companheiro era você. Qunado a vi, a princípio não gostei, pois tinha outras pessoas naquele grupo com quem gostaria de me exercitar. Mas segundos depois me conformei e compreendi que aquela era a escolha certa. O destino nos colocou frente a frente, nos fez nos tocarmos, nos fez nos conhecermos primeiro pelo corpo e posteriormente pela vida. Naquele exato instante estávamos entrando na maior amizade de nossas vidas, e nem fazíamos idéia. Veja como a vida é irônica. Tentei chorar naquele dia, mas não consegui...hoje a primeira coisa que faria seria chorar na primeira vez que visse você. Ao passo que fui te tocando fui sentindo sua sensibilidade, fui sentindo como você era especial e o quão verdadeira você estava sendo naquele momento.

Peço desculpas a todas as outras, mas a forma naural e inesperada com que ESSA pessoa mexeu comigo, foi única. Hoje posso não ter certeza de muitas coisas. Posso não ter certeza se vou viver até amanhã. Posso não ter certeza se sou bom o bastante para alguém. Posso não ter certeza de minha profissão. Posso não ter certeza de meus sentimentos por você. Posso não ter certeza da própria certeza. Mas o que tenho certeza é que de hoje em diante jamais te esquecerei. Que de hoje em diante você será minha amiga até o dia em que eu parar de respirar, até o dia em que meu coração parar de bater.

Você me disse que te faço chorar, e imagino que nesse momento você já o esteja fazendo. Mas quero que você saiba que sempre, sempre estarei aqui.Diversas música traduzem de forma lírica o que sinto, mas são tantas que aqui não caberiam.

"...quando eu olhar pro lado eu quero estar cercado só de quem me interessa..." "...when I see you I see me..." "...naõ quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos, quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo..." " Ne me quittes pas " "...e eu acho que eu gosto mesmo de você bem do jeito que você é..." "...apenas te peço que aceite o meu estranho amor..."

Venho nessa mensagem tentar, traduzir em versos simples o que em um complexo corpo você disse que habita. Te trago nessas palavras todo o sumo da essência de um amor puro, de um coração puro que bate fortemente por ti.

Uma inspirada e definitiva homenagem e você, Natana. De seu sempre Pierre.

sábado, 21 de março de 2009

"...a gente estancou de repente, ou foi o mundo então que cresceu? "

Olá!

Bem-vindos ao meu mais novo Blog!

É uma nova tentativa após anos, de publicar...mas sinto de alguma forma que desta vez será diferente, sinto que agora estou mais maduro...maduro o bastante pra saber escrever, e conseguir de forma sutil expressar meus pensamentos e sentimentos!

Falando em escrever, escolhi esse como o primeiro tópico desse diário online. A escrita é algo incrível, é impressionante como de acordo com fases, pensamentos e sentimentos as pessoas podem mudar significativamente sua forma de escrever.
Desde de pequeno tenho esse hábito, sempre gostei muito de escrever. E desde que aprendi a usufruir do mesmo nunca mais parei. Mas a graciosidade disso não é O saber, mas
O evoluir. Fico espantado como a forma de escrever evolui, e se torna cada vez mais bonita, cada vez mais rebuscada e mais planejada.
Cada dia que passa, sei que caminho com destino à vida, mas mesmo isso sendo inerente, faço questão de observar com minunciosidade a minha evolução, afinal sem isso o tempo nos passa despercebidos, vivemos sem nos dar conta...vivemos só por viver e esse não é o sentido. Mas voltando ao meu foco, vejo textos que escrevi a dias atrás e já acho algo muito arcaico, acho infantil a forma que escrevi, acho pouco trabalhado, coisa sem sentido. Com o tempo que tem se passado, tenho perdido cada vez mais essa sensibilidade, talvez por minha escrita estar evoluindo, talvez por minha escrita estar piorando, ou quem sabe...quando crescemos e nos sentimos cada vez dentro desse mundo hipócrita percamos a nossa verdadeira siceridade, a nossa singularidade. De qualquer forma, tenho observado cada vez menos e me preocupo se isso é bom ou ruim...
Sei que palavras são só palavras quando não tocam no fundo de alguém, quando não trazem a reflexão, quando não trazem a mudança. Mas procuro sempre que as minhas façam algum sentido.
Aposto que um dia, daqui a muito tempo, quando voltar a ler essa primeira publicação a acharei antiquada, arcaica e um tanto infantil, talvez isso diminua, mas o que não pode diminuir é minha vontade de escrever. Jamais!

Bem-vindo ao meu Blog!