sábado, 31 de julho de 2010

Recomeço.

Nossa canção: Kick Ass - Mika




Eu não tinha dúvidas. Eu estava decidido. Tinha pela primeira vez tomado uma grande decisão, sabia em algum ponto que ia sofrer, ou achava que sabia.

Depois do Adeus. apesar de eu erroneamente pensar no contrário, houve sim contestação. Não só contestação, mas mágoa. Eu fui tolo, de diversas formas.

De achar que você não se importaria com isso, que você acaietaria facilmente, de achar que não faria falta pra você. Mais tolo ainda de achar que doeria pouco, de achar que seria fácil até.

Bom, começemos do começo. Eu disse a ele, tudo, tudo aquilo. E ele, ele se magoou. Chorou, se quebrou, partiu-se...eu...eu me surpreendi, me surpreendi pela sua reação. E fui tolo, mais uma vez.

Depois de toda a mágoa, tinhamos uma decisão á tomar: afinal, acabar com tudo, ou tentar?

Eu estava, estava convicto antes de nossa conversa. Decidido a acabar com tudo, mesmo.


"Mas com a beira do precipício á minha frente, quando meus pés começaram a deixar pequenos pedregulhos caírem, fenda abaixo, quando eu vi o quão longínqua a queda sería e quando me machucaria no tombo, eu virei pra trás, dei ás costas ao precipício e o olhei nos olhos uma última vez:
- Você tem certeza? Eu sei que fui eu a sugerir, mas agora, aqui, a ponto de perder tudo, eu vejo que doerá muito mais. Então, me diga, pela terceira e última vez que tem certeza. Que está realmente decidido, que você não aceitou isso por mágoa, que você acha mesmo que nossa solução seja essa, que você também precisa de espaço, me diz.

- Precisamos ser suficientemente homens pra assumir que o que nós não queremos, é o que nós temos que fazer, sejamos homens Pedro, sejamos...

- Não é sobre ser homem que isso se trata. Não é. Isso se trata de amor. Você mesmo disse. Eu posso sim, aos olhos seus, meus, ou de quem forem estar sendo ridículo agora, posso estar sendo medíocre, posso estar sendo um idiota, por uma última vez colocar o 'nós' a frente do 'eu', mas eu não me importo, não mesmo. Sabe por que? Porque eu te amo, e agora eu vejo. Vejo que se tiver que passar mais 6 meses tentando, internamente, que sejam. Que se eu tiver mesmo que passar 6 meses lutando de qualquer forma, se é pra ser lutando contra a sua ausência ou lutando contra mim mesmo, eu prefiro lutar contra mim mesmo. Passar mais 6 meses lutando contra mim mesmo, mas próximo a você, perto de você, podendo olhar pra você nos olhos, contar meu dia, meus problemas, ouví-lo e fazer desses seis meses ainda melhores. Tentar de uma forma diferente, e só quero tentar, porque eu te amo. E então? O que você me diz...?

Uma esperança, uma última esperança começou a abrir o tempo naquele penhasco. Um único e tímido raio de Sol, perfurou aquela espessa tempestade que estava sobre suas cabeças, negra, feroz, e iluminou-os. Como um toque divino o céu abriu um orifício para iluminá-los...

- Que seja. Tentemos então. Eu verei mais seu lado, e você verá mais o meu. Eu tentarei ser o melhor amigo que eu posso te dar, e você a mim. Porque eu te amo cara. Você é o homem da minha vida. Quero fazer dar certo, eu quero mesmo. Porque você é o de todas horas, porque gosto de te ter como minha pessoa, porque você me faz feliz, porque você é minha pessoa. Eu te amo cara, então tentemos.

- Por amor, tentemos então. Eu e você, tentemos. Juntos, e farei de tudo para dar certo. Que sejam maravilhosos 6 meses. Que consigamos. Nós somos jovens, nós somos fortes, nós somos livres, e estaremos correndo com sangue nos nossos joelhos, mas com essas cicatrizes, iremos lembrar de o quão bom é estar juntos. Em que circunstância for. Juntos, para sempre.

Então me afastei daquele penhasco. Num abraço de 10 minutos selamos nosso recomeço. Selamos nossa eterna tentativa, selamos nosso amor, selamos nossa eterna amizade, selamos que queremos mais que tudo estar um junto ao outro, sempre. Selamos que somos diferentes, mas faremos de tudo pra permanecermos juntos. Selamos que tentaremos ser o melhor possível um para o outro. Porque nós nos amamos. Porque somos muito bons juntos. Porque ele é minha pessoa. Só ele."


No mais, ainda que nada dê certo. Nós tentamos, tentamos até o último instante fazer dar certo. Porque melhor do que tomar uma medida drástica, e certeira, é tomar uma cautelosa, esperançosa, mas com amor. Com muito amor. E dará certo. Dará. Porque podemos contar um com o outro, e é o que basta.



Ás vezes o que eu vejo, quase ninguém vê...quase. Porque ele...ele fará de tudo pra ver, sempre.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Adeus.

Música Imprescindível: Turn And Turn Again - All Thieves



Preciso conversar com você, e não faça essa cara, será a última conversa, prometo.



Não dá mais pra mim, eu cheguei no meu limite. Eu sei que eu disse que teria que ser você a fazer isso, e disse que por mim jamais mudaríamos, mas eu estou no meu limite.



Estou num ponto em que não me conheço mais, e isso é devido a nós. Isso é devido a onde nós chegamos. Nunca foi tao intenso em tão pouco tempo, eu tenho certeza disso. E isso tudo...nós...eu não quero que seja esquecido, o que somos é maravilhoso, e não deve ser esquecido. Serão lembranças ótimas, mas acabou.



Desde o começo, nós tentamos, mesmo contra todas as probabilidades, nós tentamos. Mas erramos.



Eu fui pedindo que você mudasse, e fui mudando pra me adequar a você. Eu fui tirando pequenos pedacinhos do que você era, fui roubando-os de você, e fui dando os meus próprios pedaços, sem você pedir, o que é mais triste ainda. Isso não está certo, uma relação, seja ela qual for, não deve ser assim, então chega.



Dando esses pequenos pedacinhos meus, eu fui me tornando alguém que não sou, alguém que eu não conseguia mais reconhecer, tudo por você, pela nossa relação, assim como você o fez. Indo pra São Paulo, eu encontrei sim a parte que perdi de mim, porque lá eu fui eu mesmo, sem me tornar ninguém melhor por outro, melhor não diferente, só fui eu mesmo. Descobri que ela estava aqui, que estava com você. E foi aí, só aí que achei a solução.



Eu realmente preciso me aproximar de mais pessoas, ou mais das pessoas, que seja, mas não vou conseguir isso sem me afastar de você. Não vou conseguir se você ainda estiver aqui, como você está. Porque vou ficar pensando, vou ficar criando, e não consigo mais. Estou cansado demais.



Eu me martirizo, faço drama, tragédia, porque eu sou intenso. Porque eu sinto tudo isso nessa intensidade, mesmo. Porque tudo isso sempre foi muito mais pra mim do que pra você. Fiquei louco, fiquei sim, porque amei mais do que fui amado, porque gostei mais do que fui gostado, porque me importei mais do que fui importante, e porque precisei mais do que sou preciso. Enlouqueci porque tentei, de todas as formas fazer dar certo, e me enganei.





Não acho que alguém tenha culpa nessa história toda, não acho. Só acho que nós, não fomos feitos pra nós. Que você não daria certo comigo, nem eu daria certo com você. Que do jeito que somos, na intensidade que estamos e na circustâncias que somos, não deu certo.





Não precisa ficar triste, não precisa. Não precisa porque o melhor disso tudo, é que sei que você não vai correr atrás. Que não vai fazer algo pra mudar. Sei que você vai continuar na sua, como sempre esteve, sendo você. Sendo esse alguém com quem não consegui coexistir.





E por esse motivo, tudo será menos difícil. Porque você não tentará mudar o que eu disser, e isso pode dar certo.





Não me julgue, se perder de si mesmo é a coisa mais desesperadora que ja aconteceu comigo, e não posso continuar assim, não posso.





Eu lutei, tenha certeza disso, lutei com todas as armas que tinha pra não ter que tomar essa decisão. Lutei contra todas as possibilidades, mas não há outra opção. Não conseguirei. E se cheguei no ponto de admitir que isso é o melhor pra mim, e se estou disposto a fazê-lo, me deixe fazê-lo, porque está sendo profundamente doloroso pra mim.





Essa é uma das coisas mais difíceis que ja fiz, e de alguma forma me orgulho, porque estou tomando a decisão sozinho, sem ouvir ninguém, sem precisar de uma segunda opinião. Porque eu sei, que isso é o certo.





Você está na melhor fase que poderia estar, e não sentirá minha falta. Ninguém é inesquecível, não ao menos introcável. Você sempre esteve bem sem mim, e vai ficar muito melhor sem mim novamente. Não precisa ser uma despedida, não precisa, é só um afastamento.





E será melhor, acredite, não só pra mim. Acabaram as discussões, acabaram as "manias", acabaram os torpores, as preocupações desnecessárias, acabou a dor de cabeça, acabou a encheção de saco, tudo acabou. Pode se tranquilizar, e voltar a ser você também, quem você era.





Eu vou seguir em frente, eu vou. E conseguirei voltar a brilhar. Conseguirei jogar fora esses sapatos que tanto me traziam bolhas e calos, esses sapatos que apesar de tudo foram os melhores sapatos que jamais pude ter. E só então poderei entrar no mesmo barco que minha metade, e velejar com destino ao infinito que tanto acredito, descalço enfim.








Não será como se eu não tivesse existido, porque mente e coração, nunca esquecerão, mas é só o que teremos.











Você foi o melhor amigo que eu jamais tive.











Obrigado, pelos 6 intensos meses que me deu.














Adeus.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Aquilo que sou.

Trilha Sonora: La Noyee - Yann Tiersen


Gosto de chuva. Gosto do pudim de leite moça da minha avó. Gosto do arroz doce da outra avó, e também de suas roscas de polvilho. Gosto do cafuné no cabelo que só elas duas sabem fazer, com mãos experientes e delicadas, apesar de uma vida de trabalho marcado em sulcos na pele. Gosto de música. Gosto da França. Gosto de digitar no computador. Gosto de correr. Gosto do barulho que o aparelho do oftalmologista faz quando ele troca as lentes e diz: "esse ou esse, melhor assim ou assim". Gosto de tirar 10, porque 9 pra mim parece triste, e se não for 10 prefiro 8. Gosto de andar em São Paulo. Gosto de metrô. Gosto de cheiro de hospital. Gosto do cheiro do hamburger do MC Donald's. Gosto de tomate só em Rio Preto. Gosto de sorvete de leite ninho. Gosto de andar sozinho. Gosto de atuar. Gosto de desenhar. Gosto de imaginar. Adoro sonhar, sobre futuro, sobre situaçãoes. Gosto de arte. Gosto muito dos meus amigos. Gosto de papel higiênico folha dupla pra o número 2, e folha simples pra assoar o nariz, pq a folha dupla gruda na caca e estraga a assoada. Gosto de shampoo que dispensa condicionador. Gosto de ir a livraria, mas me dá vontade de fazer cocô. Gosto de ir a cafeterias pra tomar leite com chocolate. Gosto de ser como eu sou. Gosto de sombra. Gosto do Sol só no entardecer, quando ele fica épico no céu. Gosto da lua, principalente cheia. Gosto de me sentir alternativo. Gosto de me vestir bem. Adoro receber ligações no celular, mas sempre sou rápido, sou complexado com gastar créditos, sejam meus ou dos outros. Adoro mandar sms. Gosto de dançar. Gosto de moda. Gosto de desfiles também. Gosto de tirar cutícula. Gosto de comer feijão em cima do arroz. Gosto de comer doritos e tomar coca enquanto assisto uma série. Gosto de rir, gosto muito de rir. Mas chorar sempre me agradou mais, é mais raro chorar, entenda. Gosto de me sentir artístico, de que me digam isso, gosto de sentir criatividade fluindo dentro de mim, me faz levitar, mesmo. Gosto de viajar de ônibus. Adoro avião. Gosto de motos de alta velocidade, aquelas que você deita pra pilotar. Gosta de liberdade, ou pelo menos da ideia de ser livre. Gosto de amar e ser amado. Gosto de cantar em voz alta enquanto lavo louça. Gosto de cozinhar, mas depois tenho preguiça de comer. Gosto de coca-cola, e muito. Gosto de gente reservada, acho que fico um tanto seduzido a desvendá-las. Gosto de conversar. Gosto das pessoas sabe, não me julgue pelos momentos de raiva, mas gosto muito das pessoas, acho que o mundo tem muito a oferecer. Gosto dos olhos, sim gosto muito dos olhos. Gosto de beijos, acho uma das maiores demonstrações de amor que existe. Gosto de fazer palhaçada também, bastante. Gosto de frango. Gosto de comédia romântica, mas sempre me deixa carente no fim. Gosto de drama, e gosto de comédia, prefiro drama. Gosto de fronha de travesseiro macia. Gosto de dormir com edredom sempre. Gosto mais de praia que de sítio, não necessáriamente do mar, mas da casa na praia. Sou 100% urbano. Gosto de garfos, facas, e copos específicos. Gosto das batidas do David Guetta. Gosto de ver a cidade à noite. Gosto muito de vento. Mais do que de fogo, ainda que goste desse. Gosto muito de dormir. Gosto de sexta à noite. Gosto de canais de tv a cabo. Gosto da MTV também. Gosto de fazer compras no mercado, mas só de fazê-las. Gosto de músicas lentas, ou então melosas, músicas tristes são muito boas. Gosto de Lady Gaga. Só gosto de cortar o cabelo depois de três dias, quando ele cresce e o corte deixa de ser certinho. Gosto do cheiro de livro novo, de apostila, de roupa nova. Gosto de saber das coisas. Gosto de sedução. Gosto de fantasia. Gosto mais de caneta preta do que azul. Gosto de zappear os canais sem parar em nenhum. Gosto do som do piano e do cello. Acordeon também me agrada muito sem dúvida como o dessa música. Gosto de comentários em fotos no orkut. A propósito, gosto muito de fotografia. Preto e branco, não em sépia, não colorida. Gosto de saber que sou diferente, pelas pequenas e infinitas coisas que gosto.




Não gosto de pensar no infinito, na galáxia. Não gosto de história do Brasil. Não gosto de matemática, nem um pouco. Não gosto de cirurgia plástica. Não gosto do Faustão. Não gosto de rosa. Bão gosto de música sertaneja. Não gosto de tomar banho de tarde, ou de manhã ou de noite. Não gosto que meu cabelo arme. Não gosto da coca no mc donald's (aguada). Não gosto de tênis. Não gosto de cinto. Não gosto nada de ser acordado. Não gosto de calor. Não gosto de cebola, nada nada. Não gosto de traição. Não gosto de gente que anda devagar, na rua mesmo. Não gosto de futilidade. Não gosto de filme de terror sem fim. Não gosto de gastar as coisas, é sério, sou muito econômico, odeio desperdício. Não gosto de suar, mas suo. Não gosto de ser menosprezado. Não gosto de luminosidade. Não gosto de carne com batata. Não gosto de livro com capa feia. Não gosto de distância. Não gosto de raiz forte. Não gosto de manga no sushi. Não gosto de cerveja. Não gosto de mandioca. Não gosto de solidão, não sempre. Não gosto de dependência. Nao gosto de injustiça, fico fulo com isso. Não gosto de pressa, apesar de mim ser como sou. Não gosto de banalidade, quero que seja dada importância ao que merece. Não gosto de indiferença, isso me preocupa muito. Não gosto de Pepsi, nossa odeio, mesmo. Não gosto que pão pulman grude no céu da boca. Não gosto de fazer nó de gravata. Não gosto de internet lenta. Não gosto de desperador que faz : pi pi pi pi pi. Não gosto de pegar em faca afiada, me dá aflição. Não gosto de bombril, também me dá aflição. Não gosto das minhas coisas fora do lugar. Não gosto de ser apressado. Não gosto de fio dental. Não gosto de hipocrisia. Não gosto do Gugu. Não gosto de futebol, apesar de tentar. Não gosto de desempacotar as compras que acabei de ter o maior prazer fazendo. Não gosto de me atrasar, apesar de ser O atrasado. Não gosto de filme dublado, odeio, sério. Não gosto de Chaves. Não gosto de peixe, não muito. Não gosto de despedida. Não gosto de perder o pensamento, esquecer. Não gosto de preguiça. Não gosto porquisse. Não gosto de desorganização. Não gosto de lápis sem ponta. Não gosto de grosseria. Não gosto de desconfiança. Não gosto de pastel, me dá azia quase sempre. Não gosto de unha pós-cortada. Não gosto de suposições. Não gosto de lugar fechado, sou meio claustrofóbico sim. Não gosto que me digam que sou magro porque não como. Não gosto de um monte de coisas, que não lembro, e não gosto de não me lembrar do que deveria.




Gosto de ser eu mesmo, com minhas particularidades. E acreditar que mesmo com tudo que me aocnteça na vida, eu sempre serei maior que tudo. Porque minha vida não é feita só de relações. é feita de mim, substancialmente de mim. E mesmo que tudo isso caia por terra, mesmo que todos a minha vlta se afastem, me acalma saber que ainda terei a mim. Terei a mim om minhas particularidades, qualidades, defeitos. E sempre entrando e saindo de mais relações, que nunca serão, nem chegarão perto do que meu mundo é. Porque eu...eu sou muito mais do que meu próprio olho pode enxergar.
Descubra-se.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

"Diga que você me quer...porque eu te quero também."

Ouça: Luz Dos Olhos - Cássia Eller

O querer é suntuosamente distante do poder. Incrível e verdadeiramente assombroso. O querer pode ser profundo, mas não está atrelado a poder. Fato que no meu caso não tenho feito absolutamente nada pelo poder, fico só no querer. E acho, de alguma forma, que só isso já é fazer muito, que já estou sendo prestativo comigo mesmo, bobagens.
Tem hora que a gente não quer ficar, não quer pegar, não quer nada disso, mesmo porque eu nunca fui disso. Mas o que eu quero mesmo é amar. Estranho esse querer. Um querer amar, sofrer por amor e com o que mais ele tiver pra me fazer.
Essa música tem razão...ainda acho que ela será trilha de um grande amor meu. Espero mesmo, ela resume meus anseios e desejos para com um amor. E minha voz se encaixa perfeitamente nela, o que me dá fortes esperanças.
Sentimentos e quereres, sempre muito inconstantes, muito volúveis.
Espero conseguir, nessa nova fase, nova de fato, que começa a se desenrolar á minha frente, que venham amores, muitos amores. Não ficadas, nem pegadas, mas grandes amores.
E que Luz Dos Olhos, seja um deles. Que um deles seja realmente a LUZ dos meus olhos.
Dando a cara à tapa sim, e me jogando como nunca no mundo. Andando de pés descalços, como alguém diria, ou quem sabe calçados. Muito bem calçados.

sábado, 17 de julho de 2010

Á ela...

Cemeteries of London - Coldplay

O metrô corria. Aos meus olhos passavem barras metálicas velozes, ferozes. A fome por velocidade. A incapacidade de saber se era dia ou noite. A iluminação falha do vagão que piscava e tremeluzia. Os passageiros cansados, enfadonhos e resignados com o comum. Mas meus olhos viam o que os deles não viam. Meus olhos viam a magia. Viam a liberdade, viam naquela velocidade arrazadora todo o progresso.


O vagão levitava, estávamos levitando, era como se ao invés de trilhos estivéssemos guiados por asas. Me lembra agora esta narração uma descrição antiga, de Machado ou Eça narrando alguma invenção maravilhosa do novo tempo. Mas pra mim isso também devia ter se tornado enfadonho, rotineiro, mas não. A cada viagem de volta pra São Paulo o trecho era diferente, mas a sensação era a mesma. A sensação de frescor, de novidade, de juventude e liberdade.

Meus olhos se atiam a uma fina barra metálica que velozmente passava aos olhos e o som ao fundo do tilintar de metal do vagão contra o trilho ia sendo deixado de lado. Minha mente vagou...


Fatos de um ano passaram por minha memória, o que um ano me mudou, todos que conheci, tudo que me afetou, todas as ecolhas que fiz, todas as atitudes e as repercursões das que tomei, tudo passou á minha memória. Um pouco trsite, um pouco progressita fui retornando ao presente. Retornando á barra metálica, ao barrulho irritante e amável do vagão contra o metal. Ao retrato da metropolização contemporânea de pessoas acomodadas á tecnologia e submissas a ela.











No mais, mesmo que tudo isso me fosse tirado, mesmo que do mundo eu fosse levado, ainda havia ela. Sem mim, comigo, independentemente ela continuaria lá. Minha São Paulo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Chega!

Ouça: Let Me Sign - Robert Pattinson

"Perder-se também é caminho!"


É engraçado, não sei a ond, nem como me perdi. Creio que isso esteja atrelado á aproximação com um certo alguém, aquele melhor e pior, aquele. Mas insisto em crer que a única saída para ele e eu seria o afastamento, a distância. Mas a questão toda é muito mais complexa.

Me afastar inplica não só dele, desse certo alguém, mas de todos que o rodeiam, e isso sim, seria muito doloroso. Doloroso demais.

***

Agradeço, apesar de meus pedidos, por aqueles amigos que passam por cima das minhas vontades, que burlam meus pedidos, e me escrevem. Não são simples escritas, são grandes e verídicas escritas. São escritas pra mim, pensando em mim.

Não quero mais pensar nisso tudo, quero só sumir um tempo. Sumir de tudo, esquecer tudo...que sabe talvez tudo passe, quem sabe eu ache a saída, deixando tudo isso de lado, quem sabe, quem sabe......

Não sei, e estou certo que quase nunca saberei, mas o que sei, é que cansei. Que quero mudança já, e ela está em mim. Por mais difícil que seja, por mais complexa que pareça, ainda se demonstra bem, mais bem melhor que a distância do certo alguém, o afastamento.

Obrigado a vocês meus queridos amigos, eu de fato acho sempre em vocês a parte que me falta, acho que me encontro em meio a tudo isso. Esse turbilhão nunca nos afetou, e nunca nos afetará. Obrigado, pelos abraços, pelas fotos, pelos carinhos e principalmente pelas palavras, meus verdadeiros amigos.


Acorde pra si mesmo!

***

Ouça: Bad Romance - Juliana Daily


É hora de se levantar, levantar e crescer. Dói, eu sei que dói, mas é hora. é hora de engulir o orgulho, de aceitar a mudança. Mesmo que continue deitando sonhando com almoços em família, e apartamento num dia frio, mesmo que os sonhso existam, eles precisam de MIM para acontecer. Então se levante agora Pedro. Você é maior que tudo isso, você é mais que só um certo alguém, você realmente é mais que isso, sem medo de dizer, sem crise pra abalar. Você tem que crer mais em você, tem que acreditar, sem ser convencido, mas sendo confiante. Hora de bater a cara por otimismo, hora de cair e levantar, hora de tentar acima de tudo tentar, se errar, aprenda, e não erre na próxima, mas acima de tudo permaneça forte. Confie e saúde todos os seus pilares, todos aquele que impreterivelmente te levantam, se dizem o que fazer ou não, mas que estão ali, e sempre estarão.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Aquilo que não sei.

Ouça: New Moon (The Meadow) - Alexandre Desplat


Eu não sei se sou o que queria. Eu não sei se sou o que quero, nem se gosto muito menos do que sou. Mas sou. Não sei se dá pra mudar quem sou, não sei se dá pra criar, e ser eu mesmo, criando um alguém que quero ser. Não sei se ser e querer devem coexistir na mesma frase. Não sei se sei o que sou. Não sei se quero saber o que sou. Não sei...só não sei.



Meu não saber ultrapassa a mim mesmo. Não sei pra onde vou. O que vou fazer. Como vou fazer. Sou o que sou? Sou o que sou influenciado a ser? Sou o que queria ser, sou o que deveria ser? Não sei, de novo o não sei.


Sei o que sou. Sei o tanto que sou. Mas de novo me engano, e não sei.


Sou influenciável. Sou mesquinho. Sou egoísta. Sou persuasivo. Sou dramático. Sou exagerado. Sou o que sou, e ainda assim não sou, não quero ser, não posso acreditar que sou. Não sei mais onde estou, em que ponto me perdi. A cada queda, as anteriores se multiplicam dentro de mim e jogam na minha cara que este não é o caminho certo. Me cuspem os olhos e dizem que esse não sou eu. Me dão tapas e dizem que pra onde estou indo, não é um bom caminho.


Eu não sei se consigo tomar decisões sozinho, não sei se sou autosuficiente, não sei se agrado, eu me importo sim com o que os outros pensam, apesar de me fazer crer no contrário. Me perco e não sei se estou certo, nunca tenho certeza se me conheço, ou se os outros me conhecem melhor que eu. Cavei um grandessíssimo buraco pra mim, no qual agora, que já está fundo o suficiente, me recuso a entrar. Vejo o buraco e me lamento, enquanto me afundo como em areia movediça para dentro desse poço. Um poço sem fim, um poço escorregadio, e cheio de maldade. Um poço desconhecido, e sem ninguém.


Não consigo mais discernir entre o que sou, e o que me ameaçam de ser. Não consigo mais ver atráves dos meus próprios olhos, pois lentes de algum material forjado pela Dúvida não me permitem isso. Estou cego para a realidade, para a minha própria realidade. Cego para as coisas que tenho de enxergar. Cego para a minha vida. Cego para o caminho de tijolos de ouro que insito em crer, mas que agora me parece a estrada da perdição.


Não sei se quero ouvir, se quero ver, se quero ser tocado ou tocar mais ninguém. Não sei porque essas coisas acontecem, e talvez sejam a parte dramática de mim. Mas acho que não tem como tirá-la. Afinal, mesmo com o não sei, essa é a parte que sei. Sei e sou. E assumindo e aceitando isso, um longo e triste caminho se bola na minha frente, um futuro com mais dor e mais sofrimento.


Me tornei o tipo de pessoa que sempre critiquei. O tipo de pessoa que precisa de livros de auto-ajudra. O tipo de pessoa que nunca quis ser, e que talvez muito provavelmente sempre fui, mas agora estou vendo.


Não sei se dramas fazem feliz a alguma parte sombira de mim, não sei, e não sei. Mas não sei se quero saber. Não sei se quero. Quero poder ser o que eu quero. Talvez não exatamente o que eu seja. Estou tão cansado, tão cansado de tudo isso.


Meus olhos pesam, mas quando me deito a minha mente insiste em pensar, em voar, em refletir, até as fatídicas 2h35 da madrugada. Naõ sei mais onde estou. Tenho picos, tenho vales, mas isso cansa, e cansa a mente, o pior cansaço. O cansaço que a noite de sono não tira, o cansaço que só o tempo e a dor possivelmente tirem. O que é tudo isso afinal?Pra onde estamos indo? Nem isso eu sei.
Talvez você também não saiba, e mais uma vez esse texto não foi feito pra ser lido. Foi feito pra ser escrito, um texto como outros, um desabafo. Muito para poucos. Não sei mais como, nem onde quero viver. Perdi o lar, peri os amigos, perdi tudo. Estou num meio termo que não existe. Estou sozinho, estou com frio, esdtou sozinho. É isso, o tão temido sozinho. É ruim afinal.


Aqueles que deveriam, mais que ninguém, ser sinceros comigo me escondem o que pensam. Busco incessantemente, como não deveria buscar por respostas pra mim, respostas sobre mim. Busco em palavras de bocas amigas o que eu realmente sou, pois esqueci. Toda a autenticidade, toda a originalidade, toda a criatividade, tudo se foi. Tudo aquilo que me orgulhei e bati no peito pra dizer que era meu, não era.


Não quero ouvir mais ninguém. Quero me calar, quero tentar mudar quem sou, pra o que quero ser. Não quero masi ouvir, não quero mais ouvir. Quero um tempo te tudo isso. Preciso de um tempo, não sei onde o encontrarei, mas preciso.


Aquelas partes de mim, que disse a você que viria procurar, e que achei ter encontrado, talvez eu as tenha, mas pra botar em prática, é um bocado complicado. E você, meu querido, é o pior e o melhor do que posso ter aí, é exatamente isso.


Não quero ouvir, e isso inclue vocês, todos que me leem, não preciso disso, não preciso de mais isso.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Black Holes and Revelations

Ouça: Supermassive Black Hole - Muse

É fato que me sinto melhor, mais preparado pra escrever no drama. Mas isso TÊM que mudar. Porque minha vida, não será sempre de dramas, e escrever me faz bem, apesar do escape. Me faz bem, e eu sinto falta da escrita, por si só mesmo, nos momentos de não-drama. Então vamso alterar isso já.

Estar rodeado. Familiar, tudo me soa tão familiar. É ótimo, pelo menos por algum tempo, olhar em volta e conhecer tudo, todos. Saber onde as xícaras são guardadas, saber a que horas o jantar será, impreterivelmente, posto. Saber que ônibus tomar, e conhecer decor o trajeto feio da viagem. É muito bom estar de volta, pelo tempo que seja, pela hora que seja, por quem seja, é bom estar. Não acho mais que tenho um lugar. E isso pode ser bom ou ruim. Ruim, muito ruim por perder de alguma forma o sentido da palavra Lar. Não sei, e não tenho lar. Não é aqui, não é lá, então onde é? Não me martirizo, só me pergunto, sem saber oiu vislumbrar essa resposta. Mas o sentido bom é o de liberdade. Não ter o tal Lar, me traz empolgação, um furor de poder estabelecer-me onde for. Não existe mais a proteção materna, a venda familiar, nem a carinho de avó em todo lugar. Não têm, mas tem o mundo, tem a vida, e tem muita gente interessante pra conhecer adentro dele.

Daqui pra frente, os horizontes só tendem a se abrir, durante um longo tempo, continuarei sem dizer Lar. Mas farei isso sem dor, sem sofrimento, só com esperança. Esperança de nunca mais encontrá-lo, e ao invés disso ter em mim, a busca pelo novo, pelo mundo, por algo muito bom, e muito feliz. Vivamos então!