quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Hora de andar...

A gente sempre pensa em ir, mas nunca pensa nessas coisas. No adeus. Os amigos dizem que não é um adeus, é um até logo. E agora que ele aparece, parece o tormento da mudança voltando. Parece que o velho torpor volta a atacar e assediar mentes fracas. Sei que não será como antes...não...não será.
Agora EU quero mudar, vou estudar numa universidade o que EU quero, numa cidade MUITO legal.
Esse pode ser um fim, de parte da minha jornada. Mas meus próprios passos só estão começando a serem escritos, de agora em diante, quem faz meu futuro sou eu, pro bem ou pro mal, pra ascensão ou fracasso, pra levantar todas as manhãs, ou desistir a cada pedra no caminho.
Sei do silêncio que há em mim, que amizades duradouras, prevalecem pela distância, sei pois vivi isso, e viverei por muito tempo com as pessoas certas, com as amizades certas. Não temo quanto aos amigos, não tanto como temi outrora...
A falta de convivência, será sim sofrida, tanto dos que conheço há exatos dois anos de estadia, como a de coadjuvantes que apareceram há meses e fizeram acampamento no meu peito. As risadas, o jeito, o humor e todos os hábitos em conjunto.
Sei que devo muito à essa cidade a que vim forçado e saio de cabeça erguida. Me decepcionei, sofri, chorei muito, levei tapas (um em especial, literal), e sangrei...mas em troca, também amadureci, cresci, em tamanho e em maturidade, envelheci, fiz amigos, sorri muito, dancei, gargalhei muito, e fui muito feliz. Vim, vi e venci, afinal.
Agradeço muito a todos os meus amigos atuais, colegas que se perderam no meio do caminho, inimigos também e familiares, que me ajudaram durante toda essa mudança, que sustentaram uma forte barra por mim e comigo todo esse tempo, e que tornaram de mim o que sou nesse texto.
Espero que todo o aprendizado seja útil na próxima, e que eu possa me lembrar do que aprendi com cada espírito de luz que cruzou meu caminho nessa cidade maravilhosa.
Desculpem-me por minhas falhas, meus erros e minha porventura injustiça com algum de vocês, sou muito grato a todos, independente do momento ou local que nos conhecemos e vim a decepcioná-lo, quero que saiba que sinto muito, e que agradeço por sua presença em minha vida.
Sem mais, espero que a nova cidade seja realmente a última escala para a GRANDE São Paulo dos meus sonhos mais profundos, e que nessa estadia um pouco maior que Rio Preto, mas igualmente intensa (ou mais) eu possa ser muito feliz, acima de qualquer desejo.
Agora começo, com toda a felicidade do mundo, a viver arte, sem mais. Obrigado Deus.
Obrigado a todos vocês, por tudo.

O Curinga já descansou e se apegou demais, é hora de voltar a caminhar e fazer jus ao sobrenome:
Andarilho.



P.S: 101º Texto (\o/)