
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Viva!

sábado, 25 de abril de 2009
O que há de errado em querer?

segunda-feira, 6 de abril de 2009
Naquela escura manhã, ele se foi.
Cheguei.Notei algo no portão mas logo me esqueci.Subi.Não estava muito bem disposto e decidi não aparentar.Me fiz normal.Mas quando vi minha mãe, descobri que ela estava mal.Por algum motivo senti nos olhos dela o pior.Ela me pediu pra deixar a mochila no quarto que ela queria conversar.Passaram meus avós inicialmente pela cabeça até que ela me disse.Ele se foi.Com a mesma simplicidade que ouvi essas palavras elas me feriram amargamente.Era como se não estivesse aqui, não senti nada.Um extremo vazio.E nada.Nem uma lágrima pensou em descer.Pensei em dar risada, em dizer que eles estavam equivocados e que eu tinha o visto no portão, minutos atrás.Mas não o vi.Sentei-me em seu colo.A verdade me consumindo.Tragando toda a possível felicidade que tinha em mim.E então ela veio.Espontâneamente e robusta ela caiu de meu olho.Senti que com ela ia uma parte de mim.Uma parte de meu coração.Me desvencilhei daqueles braços que tentavam me acolher e me fechei em um cômodo gelado.Deixei a água cair em meu rosto enquanto sentia saudades.Pensava se tudo não passariade uma péssima brincadeira.E então eu cai.Cai e chorei.Durante todo o banho eu chorei.Acabando me troquei segurei minhas lágrimas e comi.Após isso subi e me deitei no sofá.Esperei encontrar em programas de televisão o que tinha perdido a pouco.Esperava que me mostrassem o que eu precisava.E então eu adormeci.Foram as duas horas dormidas mais longas de minha vida.Acordei.Não sabia onde estava, sabia que tinha algo perturbador por perto.Achei que não tinha passado de um sonho.Sim.Talvez tudo não passassem de sonhos.Mas não.Da mesma forma suave com que aquela mentira me satisfez, a verdade incoveniente foi voltando a tona e me corroendo, me matando por dentro e fazendo elas voltarem.Aquelas que tinham escorrido de meu rosto junto com a água.Agora me queimavam a pele.Me tragavam novamente toda a calmaria.Minha mãe disse que foi depressa.Que ele correu em busca de algo.E pronto!Se fez a escuridão para nós e a eternidade para ele.Em nenhum momento pensei em estupidez dele.Só pensei que era a hora.Por mais que tentasse há anos me acostumar com a idéia de um dia isso acontecer, eu jamais consegui.Me vieram reminiscências na cabeça.Comecei a lembrar de momentos com ele.De lembranças bem vivídas.De tempos antigos.A mais doce foi a priemeira delas.Há 9 ano atrás.Ele tinha nascido a pouco.O compramos no sítio.Ele cabia em minhas duas mãos juntas.Era único.Mesmo sendo uma mistura com uma raça bem feia, ele era lindo.Tinha um pelo dourado de dar inveja.Durante os 9 anos só vi mais um com essa cor de pele.Transmitia felicidade e comovia todos que se aproximavam.Sabia se defender, claro, mas era doce como nenhum outro.
Não sei explicar o que estou sentindo.Acho que é saudade.Acho que é medo de sentir saudade.Acho que talvez perda, solidão, despedida.Sim, o adeus a alguém que nunca se está pronto para dar adeus.A alguém que amava.Que idolatrava.Que era o MEU melhor amigo.Aquele a quem eu sempre vou amar.Sempre vou lembrar com saudade.Que sempre estava com o rabo abanando mesmo acabado de levar uma surra.Que estava sempre pronto pra receber carinho.Como se a existência dele dependesse do meu afeto.Como se só isso bastasse pra ele.Só isso.Só.
Obrigado por me fazer feliz.Obrigado por ser assim.Obrigado por ter sido assim.Me desculpe se não te dei o carinho que merecia, e sei que merecia muito mais.Me desculpe por não me despedir de você devidamente.Desculpe e obrigado.
Em memória de alguém que durante 9 ano me fez o dono mais feliz do mundo e a quem eu sempre vou lembrar, por mais velho que fosse, como meu filhote.Só desejo que essa pressa de correr tenha valido a pena.
Adeus.
sábado, 4 de abril de 2009

Estou feliz.Grato.Agradecido.E.Lisonjeado.
Após anos que não tenho um blog, vim por meio de uma amiga a criar esse.Minha proposta inicial era trazer ás pessoas aquilo que elas pensam, que elas sentem, que elas fazem mas por algum motivo não compartilham.
Claro.Nada promíscuo.Ou muito pessoal.Mas acreditei que por meio de pensamentos meus, eu poderia auxiliar nos seus.Acreditei que com isso, talvez traria a reflexão para alguns, a leitura para outros e num quadro bem otimista a mudança e a emoção para poucos.
Uma amiga me disse que o sentido dos textos dela se alcançava quando os leitores se comoviam, quando mexia com eles a leitura.E eu pergunto.Afinal.Qual é o desejo do escritor, senão fazer com que seus leitores se envolvam e se encontrem em seus textos??
Pois bem.Venho aqui mesmo com pouco tempo de escrita.Agradecer a todos os meus leitores.Que por alguma razão sentiram algo pelo que escrevi. Identificação. Amor. Surpresa. Felicidade.Tristeza.Ódio.Seja o que for.Estou muio grato a todos vocês por fazerem de mim um escritor mais completo.
Obrigado a todos.