quarta-feira, 29 de abril de 2009

Viva!


- Acorde! - Me disse uma voz abruptamente.

Me dei conta em segundos que estive em um transe. De quanto tempo me perdi naquele estado. Um novo e doloroso transe que me cercou aos poucos, escondendo-se entre motivos sazonais e literaturas angustiantes. Não importa qual tenha sido sua razão, ou a intensidade com que ele me alterou em duas semanas, mas sim que agora acabou. Aquela voz que me acordou desse transe depressivo era a minha própria voz. Me dizendo, com força desta vez, que esse não era eu, que eu deveria voltar a ser o que era, ou pelo menos o que costumava a ser. Flashes vieram em minha mente me transgredindo em minha inquietação. Me acordando daquele translúcido pesadelo que insistia em me cercar durante as longas duas semanas. Talvez a finalização próxima de minhas leituras atuais, ou talvez a mudança positiva sazonal tenham me trazido de volta, mas é reconfortante saber que estou aqui novamente, que sou eu novamente, sem traslucidez, sem inquietação, sem pesadelos me cercando, sem a angústia, somente eu mesmo. Eu mesmo com meus costumes, jeitos, gostos e opniões, com minhas próprias opniões. Com algumas mudanças de costumes e talvez de personalidade também, mas sempre alterações positivas. Sempre pra frente de agora em diante, sim... sim! SIM! Afinal caminhar com destino a vida sem jamais olhar pra trás é único, sem inquietação ou translucidez alguma. Sem mistério, sem enigma. viver. Viver pela fome de viver. Viver pela sede de aprender. Aprender a viver sem temer ou sem temer perder. Viver sem olhar pra trás, tirando seus erros como exemplos e seus medos como passado. Viver pelo amor à vida. Viver pelo afeto as pessoas. Pela paixão pelos sentimentos. Não é facil, sem dúvida. Mas agora, tentarei novamente e independente de quantos possíveis transes ainda me circundem, continuarei tentado. SEMPRE! Pois caminhar com destino a vida sem jamais olhar pra trás é não ter medo de seus próprios medos e encarar as adversidades como provas que com um pouco de esforço serão sempre finalizadas, dando enfim mais valor a sua intrínseca existência.

sábado, 25 de abril de 2009

O que há de errado em querer?


Não tenho nada a dizer.
Nem sei porque estou aqui se não tenho o que dizer.
Então acho que vou falar sobre o que fiz.
Sim. O que fiz desde minha última postagem.


Bem. Não na verdade mal. Muito mal. Sim, foi muito mal que eu fiquei na semana a frente do ocorrido. Na semana seguinte algo muito forte me avassalou. Eu cai na lábia do povo. Comecei a ler a série da Stephenie Meyer. Comecei no sábado dia 11 o 1º livro acabei na terça dia 14 no mesmo dia comecei o 2º livro e acabei na quinta 16 quando comecei no mesmo dia o 3º e acabei na terça dia 21 comecei e no mesmo dia ainda o 4º que ainda não terminei.

Se fosse pra usar uma palavra pra descrever a história toda e o que ela causou em mim seria INTENSA.

Eu nunca me senti dessa forma...foi estranho e ao mesmo tempo novo.


Olha....to achando uma babaquice esse post então faz de conta que começa agora, ok?


A tristeza veio. E com ela uma profunda angústia. Uma vontade de não fazer parte desse mundo. De não ser parte desse mundo. Como se fosse uma escolha nossa.

Querer ser diferente de uma forma que ninguém, ou pelo menos pouquíssimas pessoas fossem iguais a você. Me cansei da cópia. Quero criatividade. Quero originalidade. Quero viver. Viver de fato e não sobreviver. Quero aproveitar as coias que gosto. Só quero fazer as coisas que eu gosto.

Quero falar o que eu pensar. Quero evitar as coisas ruins. Quero ter poderes. Quero salvar a humanidade. Quero não ter preguiça Quero ser notado. Quero ser admirado. Quero só ter amigos verdadeiros. Quero namorar. Quero ficar juntos de alguém. Quero crescer. Quero passar no vestibular. Quero que gostem de mim. Quero ser feliz. Quero coisas demais pra que isso tudo se torne realidade.

Quero olhar pro mundo e ver só paz, bondade, não quero mais ver injustiça, não quero ver hipocrisia não quero ver nenhum tipo de preconceito, nem discriminação.

Quero direitos iguais de fato e não só no papel.

Quero tanto, tanto, mas só posso pedir por pouco e ter muita sorte de ser atendido.

Quero que todos os pedidos de todas as pessoas se realizem.

Quero...

Quero calma, quero paciência, menos pressa mais delicadez, mais cuidado...

Quero, minha gente...

Quero...

Quero...

Quero ser diferente, ser único, ser eu. Qu para isso eu não precise passar por cima de ninguém nem copiar ninguém quero ser eu mesmo, sem influências, sem alterações, sem críticas. Quero só o que eu quero.

Acho que sou diferente sim. Talvez a tal visão que eu tenha do mundo me torne diferente. Tlavez me torne alguém que se distaca na massa. Não da forma que eu gostaria mas...

Nem tudo que pedimos nos é dado, aliás muito pouco...com muita sorte.


Quero escrever um texto melhor.

Bah!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Naquela escura manhã, ele se foi.

Cheguei.Notei algo no portão mas logo me esqueci.Subi.Não estava muito bem disposto e decidi não aparentar.Me fiz normal.Mas quando vi minha mãe, descobri que ela estava mal.Por algum motivo senti nos olhos dela o pior.Ela me pediu pra deixar a mochila no quarto que ela queria conversar.Passaram meus avós inicialmente pela cabeça até que ela me disse.Ele se foi.Com a mesma simplicidade que ouvi essas palavras elas me feriram amargamente.Era como se não estivesse aqui, não senti nada.Um extremo vazio.E nada.Nem uma lágrima pensou em descer.Pensei em dar risada, em dizer que eles estavam equivocados e que eu tinha o visto no portão, minutos atrás.Mas não o vi.Sentei-me em seu colo.A verdade me consumindo.Tragando toda a possível felicidade que tinha em mim.E então ela veio.Espontâneamente e robusta ela caiu de meu olho.Senti que com ela ia uma parte de mim.Uma parte de meu coração.Me desvencilhei daqueles braços que tentavam me acolher e me fechei em um cômodo gelado.Deixei a água cair em meu rosto enquanto sentia saudades.Pensava se tudo não passariade uma péssima brincadeira.E então eu cai.Cai e chorei.Durante todo o banho eu chorei.Acabando me troquei segurei minhas lágrimas e comi.Após isso subi e me deitei no sofá.Esperei encontrar em programas de televisão o que tinha perdido a pouco.Esperava que me mostrassem o que eu precisava.E então eu adormeci.Foram as duas horas dormidas mais longas de minha vida.Acordei.Não sabia onde estava, sabia que tinha algo perturbador por perto.Achei que não tinha passado de um sonho.Sim.Talvez tudo não passassem de sonhos.Mas não.Da mesma forma suave com que aquela mentira me satisfez, a verdade incoveniente foi voltando a tona e me corroendo, me matando por dentro e fazendo elas voltarem.Aquelas que tinham escorrido de meu rosto junto com a água.Agora me queimavam a pele.Me tragavam novamente toda a calmaria.

Minha mãe disse que foi depressa.Que ele correu em busca de algo.E pronto!Se fez a escuridão para nós e a eternidade para ele.Em nenhum momento pensei em estupidez dele.Só pensei que era a hora.Por mais que tentasse há anos me acostumar com a idéia de um dia isso acontecer, eu jamais consegui.Me vieram reminiscências na cabeça.Comecei a lembrar de momentos com ele.De lembranças bem vivídas.De tempos antigos.A mais doce foi a priemeira delas.Há 9 ano atrás.Ele tinha nascido a pouco.O compramos no sítio.Ele cabia em minhas duas mãos juntas.Era único.Mesmo sendo uma mistura com uma raça bem feia, ele era lindo.Tinha um pelo dourado de dar inveja.Durante os 9 anos só vi mais um com essa cor de pele.Transmitia felicidade e comovia todos que se aproximavam.Sabia se defender, claro, mas era doce como nenhum outro.

Não sei explicar o que estou sentindo.Acho que é saudade.Acho que é medo de sentir saudade.Acho que talvez perda, solidão, despedida.Sim, o adeus a alguém que nunca se está pronto para dar adeus.A alguém que amava.Que idolatrava.Que era o MEU melhor amigo.Aquele a quem eu sempre vou amar.Sempre vou lembrar com saudade.Que sempre estava com o rabo abanando mesmo acabado de levar uma surra.Que estava sempre pronto pra receber carinho.Como se a existência dele dependesse do meu afeto.Como se só isso bastasse pra ele.Só isso.Só.

Obrigado por me fazer feliz.Obrigado por ser assim.Obrigado por ter sido assim.Me desculpe se não te dei o carinho que merecia, e sei que merecia muito mais.Me desculpe por não me despedir de você devidamente.Desculpe e obrigado.

Em memória de alguém que durante 9 ano me fez o dono mais feliz do mundo e a quem eu sempre vou lembrar, por mais velho que fosse, como meu filhote.Só desejo que essa pressa de correr tenha valido a pena.

Adeus.

sábado, 4 de abril de 2009



Estou feliz.Grato.Agradecido.E.Lisonjeado.

Após anos que não tenho um blog, vim por meio de uma amiga a criar esse.Minha proposta inicial era trazer ás pessoas aquilo que elas pensam, que elas sentem, que elas fazem mas por algum motivo não compartilham.

Claro.Nada promíscuo.Ou muito pessoal.Mas acreditei que por meio de pensamentos meus, eu poderia auxiliar nos seus.Acreditei que com isso, talvez traria a reflexão para alguns, a leitura para outros e num quadro bem otimista a mudança e a emoção para poucos.

Uma amiga me disse que o sentido dos textos dela se alcançava quando os leitores se comoviam, quando mexia com eles a leitura.E eu pergunto.Afinal.Qual é o desejo do escritor, senão fazer com que seus leitores se envolvam e se encontrem em seus textos??

Pois bem.Venho aqui mesmo com pouco tempo de escrita.Agradecer a todos os meus leitores.Que por alguma razão sentiram algo pelo que escrevi. Identificação. Amor. Surpresa. Felicidade.Tristeza.Ódio.Seja o que for.Estou muio grato a todos vocês por fazerem de mim um escritor mais completo.

Obrigado a todos.