Você me fez pensar.
Hoje como ninguém jamais o havia feito.
De uma forma tão brutal e frustrante.
Me fez ver que rumo eu dou e que rumo eu realmente quero dar.
Me fez ver além do que meus olhos podem enxergar afinal.
E eu que lhe devia ajuda, me fiz o necessitado em questão de minutos.
Foi muito, muito frustrante descobrir que minha vida é tão sem graça.
Eu que sempre quis mais me contento a tempos com tão pouco.
Essa coisa de não querer só um nominho de uma instituição no começo do seu currículo pra isso lhe abrir portas e não o que você é. O que você pensa. O que você representa. O que você quer.
É muito hipócrita isso MEU DEUS!!
Como podemos conviver tão passivamente com o mundo pisando na nossa cabeça?
Como nós seres tão inteligentes podemos nos deixar ser pisados por essa gente estúpida e sem arte no coração?
É muita hipocrisia minha gostar de arte mesmo sem me sentir parte dela?
Ou então me sentir tão bem num ambiente quase desconhecido só pela sensação de liberdade que ele me causa?
Não eu não estou fugindo do assunto, só estou lhe mostrando o quanto isso que você disse mexeu comigo.
Me mostrou umas coisas que precisavam ser mostradas logo. E jogadas exatamente dessa forma na minha cara.
Eu definitivamente não quero ser mais um.
Não quero ser parte de um monte de cabeças.
É muito sonho?
Muito filme? Muito teatro? Muita música? Muita série? Muita ficção que ando vendo, ouvindo, fazendo comigo mesmo? Ou será que isso PODE ser real?
Eu definitivamente prefiro dar minha cara a tapa nessa torrente de emoção que me move, á passar a vida abaixando a cabeça pra alguém.
E olha só, me vejo agora dizendo exatamente o que você disse.
Acho que o sentido de tudo era desabafar.
Era eu me encontrar dentro de mim mesmo em meio ás suas palavras pra depois lhe responder.
Não sei se é loucura ou não o que você está pensando em fazer.
Não sei se devo lhe dizer realmente algo.
Talvez eu não seja o alguém a quem você precise ouvir.
Talvez a minha maturidade não seja o bastante pra isso.
Você sempre foi e sempre será anos-luz mais madura que eu.
Incontestável.
Me desculpe se você conseguiu me colocar em cheque definitivamente em mim mesmo.
Sinto não poder ajudá-la tão prontamente.
É muita informação.
É talvez um passo maior do EU MESMO possa dar.
São palavras pesadas demais pra serem proclamadas sem ao menos um relativo tempo pra mim. Mas antes de mais nada obrigado por ter colocado essa semente em mim.
Acho que mais tempo de teatro traria isso.
E em alguns minutos você reviveu esse lado meu.
Quero ser alguém, mas não da forma comum.
Não quero ser alguém por passar em Medicina, ou virar Engenheiro Civil.
“ – Esse nosso Pedrinho nasceu pra ser artista!”
Talvez meu avô tenha mais razão do que só a emoção que ele me causou ao dizer isso.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Felicidade, incerteza, tristeza e frustração.
Minha vida dá voltas. E eu assisto a isso de camarote. Um turbilhão se fez em torno de mim e o pior sem minha percepção. Então hoje, me dei conta de alguns delitos que venho comentendo. é uma grande confusão. Uma mistura de felicidade com incerteza, tristezas e frustrações. O tipo de coisa que sempre me deixa um tanto em choque. E neste estado letárgico que me encontro, me lembro que essa é a melhor fase para meus desabafos. Para minhas reclamações. Nem sei se esse blog deve continuar ativo. Tomou o tipo de proporção indesejada. Ja são tantas pessoas desejadas e/ou não que visitam-no que começo a ter receio ao me abrir tão profusamente como costumava. Passei por uma situação um tanto desagradável na ultima terça, sem comentários específicos. Mas aprendi da pior forma que meus direitos têm de serem validados. Sempre. Vi uma cena de uma filme ontem, onde, por ironia talvez, Deus dizia que nunca ensinava-nos diretamente. Ele nos dava oportunidades para aprendermos sozinhos. Foi um tanto esclarecedor, bonito e ao mesmo tempo frustrante. Aquele tipo de realidade que se mantém na sua frente a vida inteira, inteira mesmo, e então na velhice você se dá conta, de que a vida vale a pena ser vivida. O segredo dos velhinhos felizes afinal. E então volta pra cá. Fico sabendo que consegui o que tanto alcançava, que conseguirei voltar na época em que gostaria para São Paulo e passar um tempo com meus amigos, áqueles a quem tanto amo e á tanto prometo um tempo para nós. E então descubro um empecilho nesse meio. Um empecilho que talvez não seja tão fácil de ser retirado. Pego de surpresa passo uma manhã/tarde tão inesquecível quanto o primeiro beijo. Me debato com a minha realidade e a realidade mundana. Me sinto feliz como nunca, de férias afinal. As tão desejadas férias chegaram, não deveria eu estar feliz?
Me pego com uma das maiores brigas internas de mim mesmo. Me pego não querendo ir embora daqui. Não conseguindo pensar em eu fazendo um terceiro colegial senão aqui. Não estou louco. Não estou sob efeito de drogas, nem álcool. Pra meu mais profundo medo é verdade. Medo aquele de ficar e gostar tanto de não querer partir. Medo de meus pais terem razão. E suas preces serem atendidas. Medo de me render ao mosntro com que lutei durante os últimos 4 meses. Medo de que todo um planejamente seja só ilusão. E esteja tão distante quanto o Japão de mim. Medo de um sonho de 'VOLTAR' seja só um sonho, não no sentido bom...no ruim, no duro. Muto medo de tudo isso. Medo de deixar de ser amado por aqueles que sempre me amaram um dia. Minha vida sempre foi confusa, mais tem momentos que me sinto tão pressionado. Escrevendo só por obrigação. Escrevendo enquanto o mp3 não está carregado. Sinto falta da chuva no rosto, dos gritos, das gargalhadas desenfreadas, dos abraos apertados, dos sorrisos desbotados, dos textos originais e sobre o que eu gostaria de dividir com um seleto número de pessoas, de cantar alto, de tirar o peso de uma semana dos ombros ao som de um piano e um violão segurando um microfone, de utilizar meus dedos pra algo mais útil e mais prazeroso do que digitação, das aulas em que eu entrava em um estado tão profundo e tão desconhecido de mim mesmo que passava horas só pensando aonde eu fui, de conversas longas e rápidas regadas a Coca-cola, saudade de flashes e clicks, saudades de andar de ônibus, de ver gente, de andar na rua, de sentir cheiros, de me sentir parte de algo, de me sentir integrante de algo, de me sentir emocionado semanalmente, saudades de tudo.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Ando indo.
Bem. Correndo entre uma fala onipotente e outra. Entre uma prova nervótica e outras. Entre risadas e descansos. Fadigas e suores. Banhos e calores. Vivo sem me preocupar com o presente como sempre. Só com o futuro. E este a me causar aftas. Sempre as aftas.
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