Eu andava a 90 por hora. O vento não batia em meu rosto pois o ônibus era com ar condicionado...mas eu gostaria muito daquilo. A vegetação passava correndo pelos meus olhos a medida que o ônibos passava por ela e se aproximava de seu destino. A longa viagem se rezumia em olhar a paisagem e ouvir música ou dormir. O frio, confesso, facilitava bastante ambas. Descobri uma revigorante sensãção de liberdade em viajar. Mas de ônibus claro. Carros dão monotonia, ônibus dão moviemento e paixão á coisa. A tarde ia lentamente passando. O silêncio estabelecido depois de umas 3 horas de viagem, e muse aos ouvidos. As horas passam de uma forma diferente na viagem. São lentas, mas com um sentido diferente...acho que o são graças á uma sensação de não ter pra ond fugir nem como ir mais rápido, que nos toma. Me sinto mais adulto e maduro a cada dia. Mesmo que algumas pessoas discordem veemente disso.
A sensação de liberdade ainda me causa extremos arrepios bons. E São Paulo me remete á essa liberdade.
A medida que nos distanciávamos do interior os canaviais infindáveis eram trocados por construções baixas e gramídeas.
Anoitecia e a cidade se aproximava.
As luzes quicavam enquanto desciam montes verdes perto da capital.
Era uma dança de saudação preparada especialmente pra minha chegada.
Porque pra mim cada chegada é única mas remete ao mesmo incrível e eterno sentimento.
LIBERDADE.