Sedento.

Para ouvir est texto e ele surtir o efeito desejado ouça:

The Dog Song - Nellie McKay

O mundo dá voltas. As coisas passam por mim velozes. Ideias. Pessoas. Opções. Possibilidades. O mundo se mostra revelador, e volta a ganhar algumas cores, que a muito haviam desaparecido. Me surgem desejos, vontades, aspirações ótimas. Me sinto 'de volta á ativa' como dizem por aí. Ainda que muito rendido a todos aquelas cargos obrigatórios que comentei há dois textos atrás, começo a me moldar diante deles e me tornar feliz. As vontades de volta demostram avanço, e possibilidade de mudança. MUDANÇA. Enfim aguento ouvir essa palavra novamente. Pra quem já frustrado, fugiu desta palavra, querer ouví-la é sinal de saúde. Saúde mental, artística, musical e sentimental.

Esse turbilhão que nunca me deixou voltou a mostrar as caras, ainda que tardiamente, me fazendo passar por poucas e boas nesse meio tempo ausente. A genten reclama, reclama, reclama, mas sente falta quando ele some. Essa sobreposição, sobrecarga, sobretudo em cima de mim, que apesar dos pesares (bem pesados) são uma fonte inesgotável e certeira de criatividade, felicidade, (um pouco de frutração as vzs) e muita, muita vontade de viver.

Ainda que a saudadade de todos os meus amados amigos bata forte, ainda que eu não faça teatro como gostaria, ainda que esteja em meio a maior decisão da minha vida, ainda que tudo isso me falta plenamente, me sinto vivo. E é esse sentido que sempre procuro, e que há muito não encontrava. A clareza de ideias. O ideal pela qual sempre vive. Carpe diem enfim.

As borboletas voltam a voar no meu estômago me fazendo virar os olhos, ao mesmo tempo que ouço de volta o burburinho da água descendo a cachoeira gélida como a morte.

Quanto a todas as preocupações, danem-se, dou conta delas, me mato, me estrupio, me esforço ao máximo e dou conta. Porque pior do que ficar COM preocupações é ficar SEM essa sede de vida.

[Viva La Vida mode on]