sábado, 18 de dezembro de 2010

Carinho à todos.

Legião Urbana - Sexo Verbal


Eu realmente queria escrever sobre isso. Essa é uma época muito especial... e a magia disso tudo está mesmo dentro da gente. É a pura verdade de que somos nós quem fazemos a magia do natal, sempre. Não só do Natal, mas de Dezembro, que é um mês mágico, mesmo.
Pra mim essa consumação de felicidade, relfexão do ano, caridade, família, enfeites, presentes, tudo é tão divino.
Eu realmente queria que todas as pessoas tivessem essa sensação. Queria que todo o mundo se preparasse, assim como eu, no começo de Dezembro e ficasse contando os dias, dizendo pra si mesmo todo dia que está chegando, está chegando, e assim entrar de cabeça no espírito disso tudo, se envolver mesmo.
Acima de tudo é tempo de agradecer. Não, não sou católico, e desculpe, nem penso tanto na real causa do natal, o nascimento de Jesus, porque com o tempo ele foi sendo tão envolto de milhões de outros motivos que hoje pouco se lembra do aniversário. Tiveram seus motivos, mas acho que ainda assim Jesus gostaria, digo, deve gostar muito do que fazem em seu aniversário. O feriado mais famoso, mais caridoso, mais unido, definitivamente ele gosta.
Eu queria que todos pudessem sentir a vibração. O mesmo êxtase que eu sinto quando vejo uma decoração de natal, um presente embrulhado, uma rabanada, uma guirlanda, um papai noel e... ah... uma árvore de natal. Eu sinto vontade de chorar quando a vejo, uma síntese de tudo de mais belo.
Eu realmente quero que todo mundo sinta isso.
Que a união, a caridade, a paciência e a sabedoria do meu coração possam ser emanados pra todas as pessoas do mundo, desde os necessitados no Haiti, até à áfrica, sempre carente, desde os monges tibetanos até o Vaticano, desde os arrogantes americanos, até meus amados franceses. Desde o nordeste seco, sem árvores ou bolas, até o sul nevado. Que todos os carentes, mendigos, crianças, adultos, jovens, idosos, deficientes, gays, negros, brancos, índios, amarelos, ricos, pobres, homens e mulheres em todo o mundo sintam essa energia.
Que sinta o meu coração transbordar de vontade de querer mudar o mundo, ou ao menos, por um dia, por uma noite, aquecer corações por todo esse planeta e fazê-los ter certeza de que existe uma razão pra se viver.




Eu sei...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Pontas.

Katy Perry - Fireworks

É engraçado. Eu sempre me achei especial. Sempre me achei diferente. Melhor que um monte de gente em algumas coisas. Mas aí me surpreendem. Minha arrogância de achar que está tudo como deveria estar, nunca está. Nunca estará. Se está estático não tem movimento, e sem esse não há amadurecimento. Sonhei em achar que eu era o cara, que todos a minha volta eram infantis demais. Mas como sempre são os tapas, aqueles bem dados que te acordam. Claro, de onde você não espera, e do jeito que você não imagina. Obrigado Bianca.

Eu realmente estou realizado. De estar onde estou, de ter superado toda a distância das origens, de toda a saudade, da nostalgia, e de concluir esse ciclo grandioso. Estou muito muito contente por ter vindo pra Rio Preto, ter conhecido várias pessoas incríveis, adoráveis, amáveis...Eu realmente vivi nesses anos que passei aqui. Aproveitei as vezes que o bonde da oportunidade passou e peguei ele com vento rasgando o rosto sim. Mas essas cicatrizes me fizeram muito melhor. Fui e voltei na minha essência, e ela voltou renovada, revigorada, minha mesmo.

Mas não poderia fazer nada, nada disso sem agradecer. Sem finalizar esse ciclo e realmente FINALIZAR todas as pontas do tear daqui. Tem algumas, bem importantes no aprendizado, que ficarma desprendidas. Que foram tão puxadas que estouraram...e ainda que não venham a fazer parte bontia do desenho de outrora, meu novo desenho precisa delas também, porque pro bem ou pro mal elas definiram isso aqui. O novo eu, construído em composição intermunicipal. Preciso fechar essas pontas soltas. De uma vez...




Que começe um novo ciclo...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Demasiado pequeno para a matéria.

Evanescence - Breathe No More

Já faz tempo, eu nem sei mais como começar.
Começarei como sempre, por uma talvez narrativa. Tenho vivido. Sim vivido. Depois de períodos torpes, escuros e depressivos eu vivo. Deixei...não...talvez tenha aprendido a deixar de lado a sobrevivência, e passei a buscar a vida. Mas se ela estivesse suficientemente boa, eu não estaria aqui. Qualquer um que minimamente me conheça, saberá que quando escrevo, é porque tem algo errado, algo me incomoda e em raros casos algo transborda em mim. Não mudei, não nesse ponto. Algo continua errado.
Eu me esforço, primorosamente, arduamente, a acreditar que tudo isso passará. Que são só mais duas semanas.
Eu que passei meses assim, por uma força do cansaço me livrei, agora de alguma forma sinto falta. Certo alguém diz que tem mais...muito mais do que meu olho pode enxergar. Mas pra mim, continua não fazendo diferença. Está feito, sempre esteve e nunca teria tido outro rumo. Nunca.
Mas o descanso das patadas, o maior afastamento, o espírito de uião de fim de ano, tudo isso conspiram pra minha nostalgia. Como mulher de covarde sim...
Eu passei nove meses sendo partido, em tantos pedaços que mal podia enxergar...
Foi tudo tão sutil e tão intenso. Quando dei por mim estava vazio...vazio de vida, vazio de arte, vazio de amigos, vazio de vida. Quando dei por mim eu era um espelho. Um espelho que refletia uma imagem que não era a minha. Eu estava tão fragmentado que a transparência do meu ser, a ausência de conteúdo me tranformou no espelho de outro alguém. Cheio de pose, vaidade e estupidez. Eu era um espelho. Quando próximo do parto, depois dessa longa e maldosa gestação, dei-me conta do tempo perdido. Dos pedaços partidos e do conteúdo vazado. Por cansaço de refletir, decidi olhar em volta. E me choquei. Durante duas semanas me choquei com o resultado de oito meses de doação doentia. Eram tantos pequenos e metálicos pedaços que mal podia tocá-los. Sua lâmina me cortaria e jamais terminaria aquela tarefa vivo. Então eu só deixei...deixei de refletir. Me virei de costas, e tudo que ele via era a madeira mofada das minhas costas cansadas. Comecei a andar, andar, e andar. Voltei a ter alguma forma, aos poucos...fui ficando menos transparente...e depois de dois meses, dois longos meses, consegui com alguma dificuldade voltar a ser quem eu era. Voltei com toda a originalidade, arte, vida e personalidade que eu sempre tivera. Aquilo que por reflexão, sumira e nunca mais ameaçara voltar. Agora, quando presumo minha complexidade de voltar, mas com toda a profundidade exigida, me vem a incerteza. Eu olho pra traz e vejo tudo que passou. Olho pra trás e vejo o refletido que ficou. Não é como se fosse saudade, ou o é. É uma urgência no peito que dá, não sabe se vai ou se fica, se corre ou se deita, não sabe o que fazer e me deixa mal. Por dar margem à uma saudade doentia e nojenta. Por dar margem à uma doença que há três anos não me assola e vivo muito bem obrigado. Por dar margem ao que não deve ser. Eu me parti, me perdi, refleti, sangrei e retornei. Agora não admito repetir a torpe sequência. Quero continuar, é tudo que eu quero...





Só mais duas semanas.