Kate Havnevik - Grace
Não é como se eu não soubesse, como se ignorasse tudo que ainda tenho que viver...É só que quando você vê as coisas de uma forma mais crua, e bruta, e real, e triste é como se aquilo tudo passasse a existir. É como se tivesse ficado inativado em alguma parte de sua consciência e (graças a Deus), só ativasse quando você tocasse no assunto.
Não temo em morrer. Nem um pouco. Tenho certeza de que quando tiver que ser será, e que sempre tem um motivo. Mas eu não suporto a ideia de morrer logo. Eu sinto que tenho tanto a fazer. Tenho tantos sonhos a realizar, tantas verdades a consolidar e outras à derrubar, tenho tantos tapas na cara a levar, tanta risada tanto choro pra distribuir, tanto, e tanto...eu simplesmente não quero ser barrado tão cedo.
Meu luto é por pessoas que foram penalizadas por querer ser feliz. Por tentarem viver.
Eu realmente espero que minha parte, por menor que seja no mundo, possa influenciar, ajudar e ensinar muitas gente sobre alguns dos valores dos quias prezo. Que eu tenha a profundidade e a sensibilidade necessária pra tocar e ver o maior número de pessoas possível, e que Deus me permita alcançá-las e compreendê-las da melhor forma possível, da mesma forma com a qual eu gostaria de tal recíproca.
Espero que um dia, os valores éticos, sociais e os pilares do amor ao próximo possam gerir essa sociedade tão absurdamente afogada em sua própria ignorância. Que com pessoas melhores, e ideias mais profusas, civilizações inteiras possam se mover em torno do próximo, seja esse quem for.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
...
No meio do deserto eu paro num posto. Olho pra trás na direção que vim, e tento me esquecer de tudo aquilo por que fujo. Entra numa loja de conveniência, que entregue as moscas tocava o equivalente à um blues antigo mas no Brasil. Sento-me em um dos bancos ilusoriamente estofados de couro avermelhado, perpendiculares ao eixo frontal da loja e peço um café. Sem demora o preto vem, e eu deixo de vagar meu olhar na etsrada perturbadora. Minhas concepções estavam em choque e meus todos os meus paradigmas combinaram de brigar de uma só vez. A crise tinha cehgado à proporções deturpantes, e eu fugia, de tudo o que me lembrasse essa letargia incógnita de minha existência.
A estrada sempre me trouxe serenidade, minha mudança municipal já havia revelado isso, e agora me assolava essa verdade. Acho que na incerteza, na inconstância e ao mesmo tempo na fluidez de uma estrada eu encontrava meu lar. Meu problema afinal.
Os fantasmas dos paradigmas insistiam na excelência de praticar o perfeccionismo, enquanto por mais que eu quisesse não ser hipócrita, queria mais ainda fugir de mim mesmo, e deixar acontecer tudo o que minha mente pensasse. Queria ter esperanças de não ser hipócrita por naturalidade, e não precisar de intervenção psicológica pressionadora cultural pra me tocar disto.
Era tudo um grande redemoinho. O ciclismo das crises e emoções era uma razão constante. Viver era afinal tudo isto. Considerar as brigas, as futilidades que me incomodavam, as infantilidades que me irritavam, meu moralismo falido, e minha falsa humildade que se inclinava entre o ser ou não. Não estava infeliz, não, não o estivera pela primeira vez em um longo tempo. Mas depois desse longo tempo, iludira-me com a falsa pretensão de não sofrer das mazelas da cabeça. Elas te encontram afinal, no corpo que esteja. E aquele simples café acabara e a vontade de acender um cigarro crescia.
Saí da loja e acendi-o. No silêncio do Sol que se punha dei tragos de horas em minutos, absrovi todo o conhecimento do fruto que agora era digerido pelo meu corpo e sua sabedoria me consumia, juntamente com a dança da fumaça e a leveza das cinzas. Era hora de pegar a estrada novamente, depois de tanto rodar e pensar, era hora de volta pra lá, e encarar. Era hora de voltar a encarar e viver. Mais dificilmente, mais arduamente, mais complicadamente, mais perigosamente (porque não?) e principalmente mais intensamente do que nunca. Pego o celular:
- Alô - disse a voz
- Ja tô voltando, prepara tudo...
A estrada sempre me trouxe serenidade, minha mudança municipal já havia revelado isso, e agora me assolava essa verdade. Acho que na incerteza, na inconstância e ao mesmo tempo na fluidez de uma estrada eu encontrava meu lar. Meu problema afinal.
Os fantasmas dos paradigmas insistiam na excelência de praticar o perfeccionismo, enquanto por mais que eu quisesse não ser hipócrita, queria mais ainda fugir de mim mesmo, e deixar acontecer tudo o que minha mente pensasse. Queria ter esperanças de não ser hipócrita por naturalidade, e não precisar de intervenção psicológica pressionadora cultural pra me tocar disto.
Era tudo um grande redemoinho. O ciclismo das crises e emoções era uma razão constante. Viver era afinal tudo isto. Considerar as brigas, as futilidades que me incomodavam, as infantilidades que me irritavam, meu moralismo falido, e minha falsa humildade que se inclinava entre o ser ou não. Não estava infeliz, não, não o estivera pela primeira vez em um longo tempo. Mas depois desse longo tempo, iludira-me com a falsa pretensão de não sofrer das mazelas da cabeça. Elas te encontram afinal, no corpo que esteja. E aquele simples café acabara e a vontade de acender um cigarro crescia.
Saí da loja e acendi-o. No silêncio do Sol que se punha dei tragos de horas em minutos, absrovi todo o conhecimento do fruto que agora era digerido pelo meu corpo e sua sabedoria me consumia, juntamente com a dança da fumaça e a leveza das cinzas. Era hora de pegar a estrada novamente, depois de tanto rodar e pensar, era hora de volta pra lá, e encarar. Era hora de voltar a encarar e viver. Mais dificilmente, mais arduamente, mais complicadamente, mais perigosamente (porque não?) e principalmente mais intensamente do que nunca. Pego o celular:
- Alô - disse a voz
- Ja tô voltando, prepara tudo...
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