terça-feira, 22 de setembro de 2009

How to save a life


Ele tinha uma vida comum. Simples. Reclamava de muitas coisas, por vezes até da monotonia, da falta de mudança. Mas vivia em paz, dentro de sua rotina egoísta e preguiçosa. Da escola pra casa, de casa pra música ou para o teatro, mas sempre de volta ao lugar que chamava de lar. De volta ao lugar que sempre lhe descansou só pela presença. Pelo sentido intrínseco que exercia sobre ele. Mas tudo estava prestes a mudar. Aquele garoto tão acomodado e egoísta estava prestes a mudar.

- Onde estou? - ele se perguntou.

Olhou a sua volta e via seus móveis, seus eletrodométicos, seu travesseiro...tudo que lhe pertencia á sua volta, ou quase tudo. Observando com um pouco mais de afinco o jovem se viu em um lugar completamente diferente do que ele deixara antes do chochilo. Será que estava sonhando, afinal? Se estivesse era fantástico...incrivelmente fantástico como era real. Nem em suas melhores fantasias havia sonhado de forma tão vívida. Levantou-se e andou com passos curiosos em busca de alguma explicação para aquele estranho distúrbio. Observou uma cozinha branca com móveis de MDF também brancos e uma pia de mármore com louça por lavar. Se dirigiu ao interior do recinto. Adentrou por um corredor com várias portas. Foi andando pesarosamente refletindo sobre onde o sonho o havia levado. Entrou na primeira porta que viu a direita , afinal achava q a direita sempre dava sorte. Encontrou a cama queen size de seus pais costumeiramente arrumada com sua colcha verde limão e seus travsseiros com babados nas extremidades. Voltou ao corredor achando muito convincente aquele sonho. Decidiu pular a porta seguinte a esquerda, entrando na última a esquerda. Se chocou com sua mesa escrivaninha montada com o computador da família e mais ainda quando viu seus móveis, seu teclado, sua televisão, seu criado-mudo e até sua cama! Seguiu mais á frente até uma janela onde esperava ver aquele varejão e....

- Isso está me assustando!! - disse em voz alta.

O que ele viu era completamente diferente do que estava acostumado. Não havia varejão, não havia a casa de sua avó na esquina da frente, não havia rua movimentada...no lugar estavam ruas posicionadas de forma planejada com árvores entre si e diversas casas baixas e antigas. Ele olhou atentamente e deu um gemido atordoado. Antes que pudesse se virar e retornar ao corredor para correr daquele lugar, veio em sua direção sua mãe.

- Você está bem? Ouvi gritos... - disse ela preocupada.

De repente sua visão começou a falhar...clarões tomavam seus olhos...marteladas consequentes acertavam sua mente...seus ouvidos ficaram surdos e ele não sentiu mais nada. Só o pesar. Só uma força o empurrando com força para baixo. Como se um contêiner estivesse o afundando mar abaixo, sem lhe dar oportunidade de se salvar ou pelo menos tentar. Ele permaneceu imóvel. Só afundando. Nem ele mesmo sabe quanto tempo permaneceu no fundo daquele oceano negro. Nem ele sabe quanto tempo passou preso áquele contêiner. Preso aquela ilusão que o tragou por inteiro. Mas após muito tempo corrido. Algum tipo de guincho o encontrou. Um guincho não muito forte. Não forte o bastante para retirar o contêiner de cima do jovem. Mas sim para permitir que ele veja algo além daquele ferro que lhe havia sufocado. O guincho o possibilitou de olhar ao menos o oceano que o envolvia, que fora da escuridão do contêiner que o amassava não era tão escuro assim. O jovem observou atentamente alguma forma de sair dali...mas o guincho não tinha muito tempo. Ou ele encontrava logo uma forma de sair dalí, ou o guincho não suportaria e o contêiner voltaria q sufocá-lo.

Como um filme tudo passou pela cabeça do jovem. Tudo o que ele pensava ser pra sempre. Em todas as suas crenças, planos e ideais. Pensou que de repente tudo fazia um sentido desagradável. Que tudo que acontecera nos últimos tempos em sua rotina ociosa o havia preparado para isso. Mas ele ignorou os sinais. Seguro de sua potencialidade diante daquela situação. Mas agora o pra sempre se findou.

Talvez isso traga alguma experiência para o garoto. Talvez o melhore como pessoa. Talvez o ensine a viver. Talvez faça algum sentido, em algum momento essa curva brusca.


Talvez dentro desse tão pesado e conturbado contêiner, haja algo além de dor.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Se esse fosse o último dia de sua vida, como você gostaria de passá-lo?


" Ela estava com a mãe dentro de um corpo. Segurando um explosivo instável e caseiro prestes a explodir. A força exigida pela sua profissão a fez permanecer calma e imóvel. A fez ter a consciência dos atos que tinha acabado de cometer. Um único movimento errado e tudo poderia acabar. Para sempre. Seu pressentimento matutito estava se confirmando ali, naquele exato instante. Ela permaneceu calada. Nervosa mas calada como sempre fora enquanto eles a locomoviam e o corpo aonde sua mãe se encontrava para uma sala de operação. Mas na hora H. No momento em que ela tinha que fazer aquilo que repassara em sua mente, ela não estava ali. Vagou durante alguns segundos sobre o que realmente poderia acontecer. Sobre tudo o que ela um dia pensou em fazer e jamais se cocretizou e possivelmente jamais se concretizará. Pensou em seus amigos que moravam consigo. Pensou na mãe doente na casa de repouso. E por fim pensou nele. Mesmo tendo-a machucado, ela ainda o amava. E sabia que ele sentia o mesmo por ela. Sabia que aquela situação fora dolorosa demais, mas ainda assim o amava incondicionalmente. Quando voltou a si, os agentes a chamavam, lhe diziam que o momento estava chegando e que ele deveria manter a calma. Nesse momento ela se desespera. No momento crucial. Percebeu que aquele momento era forte de mais para qualquer pessoa. Então novamente pensou nele. E ele pediu que continuasse ali. Que tentasse mais um pouco. Que logo acabaria e ela conseguiria. Ela então o faz. Lenta e precisamente tira o dispositivo como lhe fora mandado. O agente o pega e se ausenta. Ela sem voltar a realidade e se acostumar com o que acabara de acontecer segue ele por alguns instantes e o vê caminhar meticulosamente levando-o como um cristal caríssimo. Quando tudo parecia ter enfim acabado...o dispositivo funcionou, empurando-a com força para trás e dizimando o agente a pó."


- Se esse fosse o último dia de sua vida, como você gostaria de passá-lo?


Primeiro diria tudo outra vez. Aos que amo aos que odeio. Perdoaria áqueles a quem sempre planejei um dia fazê-lo. Diria a outros mais uma vez o que eles já sabem. Que os amo. Que eles são importantes para mim. Falaria para alguns o que sempre ficou entalado. Verdades, sentimentos, pensamentos...tudo.

Cantaria Cássia Eller com a Fernada mais uma vez, dançaria, gritaria, beijaria e choraria com ela...Andaria na chuva com a Marina de novo, falando de banalidades só curtindo a presença dela junto a mim...Aprenderia com a Angela a ser uma pessoa melhor novamente, pegaria ônibus lotados, guiaria-na por São Paulo...Ouviria a Thiemy mais uma vez dizer que me ama, me fazendo sentir especial, vindo de alguém tão importante...Elogiaria a Nathália, iria com ela a um parque aquático e rasgaria minhas costas em todos os toboáguas...Passaria mais uma tarde só conversando com a Nana, falando de mim, dela, da vida, de mangá, de jogos, de televisão ou de qualquer outra coisa...Correria como eu sempre corri quando a Gleyce chegava, a abraçaria num longo e demorado abraço e diria que estou com saudades mesmo a vendo a minutos atrás...tiraria fotos com a Gabi das coisas mais banais, e deixaria ela me levar a lugares maravilhosos como ela sempre o fez, e a elogiaria mais uma vez por sua sensibilidade e humanidade imcomparáveis...e por fim mas não menos importante...eu simplesmente olharia nos olhos da Natana mais uma vez, tocaria seu rosto como no dia em que nos conhecemos, receberia sua leve massagem de bom grado, ouviria sua experiência existecial com muita estima, daria-lhe um abraço forte e desajeitado me fazendo perder o ar como sempre fizemos a diria mais uma vez o quanto a acho importante e especial para mim e o quanto eu sentirei sua falta e a de todas essas pessoas do lado de lá. O quanto vocês foram importantes na contrução desse Pedro. E o quanto eu estimo ter conhecido cada uma de vocês O quanto eu fui feliz ao lado de cada uma de vocês. Cada uma de sua forma especial me fez sentir vivo por dentro. Cada uma ocupando uma parte desse coração que agora pararia de bater. Á minhas avós Celinha e Maria diria que a amo muito e sempre a amarei. Que cada uma de sua forma diferente me mostrou como é ser feliz em família. Me mostraram em seus pequenos atos: bolos, arroz-doces, pudins, roscas, costuras, conselhos...o quanto a vida é importante na simplicidade das coisas, e que a vida é você quem faz...a cada dia um pouco mais. O mesmo aos meus avôs Antônio e Francisco que sempre mostraram como é ser um homem de coragem, fé, esperança, persistência e muita bondade e honra. á minhas tias eu diria o quanto eu as ama. O qaunto as da Família Lima ou D'Agua me ensinaram coisas. Coo me mostraram a beleza de viver e a diversidade do mundo. Ao meu irmão diria que o amo muito e que mesmo com tantas brigas ele faria muita falta. Eu o respeito muito e o amo demais. Ao meu pai...ao meu amado pai diria que o amo e sempre amarei, que ele é uma pessoa espetacular e que sempre me mostrou o caminho certo das coisas. Que sempre me ensinou a ser um homem correto, de bem, com princípios e muito discernimento e juízo. A minha mãe por fim diria obrigado. Por me aceitar como sou, por me ensinar que o mundo é feito de diferenças e que temos que aprender a lidar com elas diariamente, que cada um é diferente e que temos que respeitá-lo em sua singulariadade.

Á todos vocês acima descritos o meu sincero agradecimento. Os amo demais pra não sofrer com a ausência, com a partida. Vocês foram nessa vida as pessoas mais importantes que passaram por mim. Eu jamais poderia esquecê-los e seria um tolo se dissesse que não precisei de vocês um dia. Os amo muito.

E de certa forma este é um tipo de morte. A morte de parte do coração. Esfaqueado por 480Km de distância. Por 480vezes seguidas. Ou não...talvez 480 vezes diarias, ou a cada momento eu que me lembro de vocês.

Se eu morrer hoje, ou amanhã...tudo o que precisei dizer a cada um de vocês está aqui.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A volta...

*Indicação pra leitura: Comptine d'une autre été*


Um sermão trouxe a mudança de hábito seguida da felicdade. A pelo menos paz interior. Pelo menos durnte tempo necessário para me fazer esquecer aquela dor pungente. Mas tudo tem um fim. E a necessidade porela volta. Sempre volta. Me pego constantemente pensando na minha droga, na abstinência por ela que se torna longa a cada dia, na vontade que sinto de consumí-la novamente, a droga chamada lar. Sinto novamente aquela dor de antes, aquela que desde aquele sermão eu não mais havia sentido. Aquela que fere, que dói, que machuca.

Olho num fresta da janela um casal na sacada da frente a olhar para o nada. Me viro, para o nada, e vejo o céu daquela cor que você tanto gosta. Olho de novo para os amantes e percebo que não olho para ele a dias. Que não o contemplo em sua magnitude á tempos. Talvez fosse isso, talvez não. Fui até um lugar possível e alto e observei-o. Desespero-me por um instante ao ver que não consigo observar o Sol. Sua imagem é agora coberta por mais um conjunto habitacional. Decido me sentar e abraçar meus joelhos tentando fugi dalí por alguns instantes. Em questão de segundos quando levo meu olhar ao céu...Ele se foi. Assim como os amantes á sacada o céu havia se retirado. Após mais um dia de trabalho árduo. Afinal ele também merece descanso. Apesar de eu não aprovar seu trabalho por aqui, seria injusto não admitir sua eficiência única. E então aquele luga perde o sentido. No lugar dele entra uma vontade de esrever.
- Você esteve preso á pré-conceitos! - Me diz minha mente.

Verdades que considerei impossíveis agora que dão tapas. Me sinto um ser hipócrita e inconclusivo, diante da defesa de coisas que hoje considero inúteis. Me vejo vivendo preso a verdades que eu não podia sustentar. Uma estranha dúvida surge em minha cabeça.

- Afinal, por que eu nunca me questionei do porquê a pergunta o ovo? Por que sempre acreditei naquilo?

Me vejo então como um ser fraco e que toma decisões precipitadas. Se apega a elas tornando-as verdades convenientes para seu prazer, e as mantém de forma a se adaptar a elas.
- Egoísta! Hipócrita! Olhe-se no espelho!! - Ela me conhece mais do que eu mesmo...?

Me olho e vejo alguém que não sabe o que está fazendo, se está fazendo da forma correta.

Estou definitivamente cansado das complicações. Quero deixar acontecer tudo o que tiver que acotecer. Por quaisquer que sejam o motivos que tiver de acontecer.

- Talvez todas essas peças irregulares se juntadas nesse complexo quebra-cabeças façam então um desenho lógico...talvez.

Estou farto de ditados populares, ou de falas comuns. Quero realmente fazer acotecer da forma que a vida me indicar melhor. Se eu não gostar eu saio dela e pronto. Dane-se o que os outros pensam. Só me importarei comigo.
Para sempre.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Bring Me To Life


O que se pode fazer quando se precisa lavar a alma?


Há alguma forma de sair do seu corpo e vagar...somente vagar?


Existe agum método de lavagem cerebral?


Ou talvez só dormir...por um longo, e conclusivo tempo?


Se houver, por favor, me diga.


Se há algua forma de fugir ao que se está passando...


Alguma forma eficente e longa o bastante pra não nos fazer sofrer...


Se for o amor...que venha...


Se for a música, a arte, que venham...


Todos são bem vindos...


Basta me fazer feliz...


É só o que peço...


Faça-me feliz...


Não por 1hora ou por uma manhã...


Pela vida toda...


Por mim...


Ou pelo menos até isso tudo fazer algum sentido.


Por favor, eu suplico.


Descanso. Chega de dor. Tudo tem um limite. Até pra quem se diz forte.


Se for o amor...eu não me importo, basta que eu nã sofra, pelo menos no começo...que eu seja feliz pelo menos por tempo o bastante pra essa ferida se curar...


Depois disso...pode abrir outras...mas não a mesma...não essa.


Será que isso é pedir demais?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A vida nos prega peças...
Eu nunca acreditei na felicidade...
Na falta...
Na ausência...
Na saudade...
Nem na recuperação...
Pelo menos não da forma que eu deveria...
Não dando o devido respeito (pelo menos) a tais 'peças' da vida.
As idéias me fogem a mente e o coração me aperta quando me disponho a escrever.
Será a infelicidade?
Será a maldita/bendita mudança?
Afinal o que está acontecendo comigo porra!!!

Eu simplesmente cansei de tentar ser forte...
Eu tenho tentado freneticamente, diariamente, frequentemente ficar bem...mas o que eu posso fazer afinal, SE O MUNDO NÃO GIRA MAIS PRO MESMO LADO QUE EU????

Estou muito cansado de tentar resistir a tudo...de tentar me adaptar..de esconder a infelicidade...de forjar sorrisos pra não machucar os outros...estou cansado de guardas as palavras pra não magoar ninguém...!!

FODAM-SE TODOS VOCÊS OK??

O MUNDO INTEIRO!!

TODOS QUE OLHAM PRA MIM E SENTEM PENA...

EU NUNCA PEDI A PIEDADE DE NINGUÉM...

SE ESTOU PASSANDO POR ISSO...

TENHO CERTEZA QUE UMA HORA VOU MELHORAR, MAS SE NÃO É AGORA ME DEIXEM EM PAZ...

MAS SE NÃO FALO COM VOCÊS POR UM DIA...SE NÃO ESCREVO...OU SE NÃO QUERO FALAR...

ENTENDAM....

EU PRECISO DESSE TEMPO...

HOJE EU DESCOBRI O QUE É A falta...

Hoje eu descobri o que é morrer de saudade...

O que é ser infeliz...

E que realmente dinheiro não é nada.


Me desculpe por isso.











"No fim do dia...se você ainda tiver tido coragem de ficar de pé...comemore isso." - Meredith Grey

Afinal...dizem que é um passo de cada vez, né? =/