sábado, 28 de novembro de 2009

Felicidade, incerteza, tristeza e frustração.

Minha vida dá voltas. E eu assisto a isso de camarote. Um turbilhão se fez em torno de mim e o pior sem minha percepção. Então hoje, me dei conta de alguns delitos que venho comentendo. é uma grande confusão. Uma mistura de felicidade com incerteza, tristezas e frustrações. O tipo de coisa que sempre me deixa um tanto em choque. E neste estado letárgico que me encontro, me lembro que essa é a melhor fase para meus desabafos. Para minhas reclamações. Nem sei se esse blog deve continuar ativo. Tomou o tipo de proporção indesejada. Ja são tantas pessoas desejadas e/ou não que visitam-no que começo a ter receio ao me abrir tão profusamente como costumava. Passei por uma situação um tanto desagradável na ultima terça, sem comentários específicos. Mas aprendi da pior forma que meus direitos têm de serem validados. Sempre. Vi uma cena de uma filme ontem, onde, por ironia talvez, Deus dizia que nunca ensinava-nos diretamente. Ele nos dava oportunidades para aprendermos sozinhos. Foi um tanto esclarecedor, bonito e ao mesmo tempo frustrante. Aquele tipo de realidade que se mantém na sua frente a vida inteira, inteira mesmo, e então na velhice você se dá conta, de que a vida vale a pena ser vivida. O segredo dos velhinhos felizes afinal. E então volta pra cá. Fico sabendo que consegui o que tanto alcançava, que conseguirei voltar na época em que gostaria para São Paulo e passar um tempo com meus amigos, áqueles a quem tanto amo e á tanto prometo um tempo para nós. E então descubro um empecilho nesse meio. Um empecilho que talvez não seja tão fácil de ser retirado. Pego de surpresa passo uma manhã/tarde tão inesquecível quanto o primeiro beijo. Me debato com a minha realidade e a realidade mundana. Me sinto feliz como nunca, de férias afinal. As tão desejadas férias chegaram, não deveria eu estar feliz?
Me pego com uma das maiores brigas internas de mim mesmo. Me pego não querendo ir embora daqui. Não conseguindo pensar em eu fazendo um terceiro colegial senão aqui. Não estou louco. Não estou sob efeito de drogas, nem álcool. Pra meu mais profundo medo é verdade. Medo aquele de ficar e gostar tanto de não querer partir. Medo de meus pais terem razão. E suas preces serem atendidas. Medo de me render ao mosntro com que lutei durante os últimos 4 meses. Medo de que todo um planejamente seja só ilusão. E esteja tão distante quanto o Japão de mim. Medo de um sonho de 'VOLTAR' seja só um sonho, não no sentido bom...no ruim, no duro. Muto medo de tudo isso. Medo de deixar de ser amado por aqueles que sempre me amaram um dia. Minha vida sempre foi confusa, mais tem momentos que me sinto tão pressionado. Escrevendo só por obrigação. Escrevendo enquanto o mp3 não está carregado. Sinto falta da chuva no rosto, dos gritos, das gargalhadas desenfreadas, dos abraos apertados, dos sorrisos desbotados, dos textos originais e sobre o que eu gostaria de dividir com um seleto número de pessoas, de cantar alto, de tirar o peso de uma semana dos ombros ao som de um piano e um violão segurando um microfone, de utilizar meus dedos pra algo mais útil e mais prazeroso do que digitação, das aulas em que eu entrava em um estado tão profundo e tão desconhecido de mim mesmo que passava horas só pensando aonde eu fui, de conversas longas e rápidas regadas a Coca-cola, saudade de flashes e clicks, saudades de andar de ônibus, de ver gente, de andar na rua, de sentir cheiros, de me sentir parte de algo, de me sentir integrante de algo, de me sentir emocionado semanalmente, saudades de tudo.

2 comentários:

  1. sei que as suas mudanças foram um pouco mais graves do que as que eu já tive... mas não consigo não me ver em seu texto. um 'eu' envelhecido e quase esquecido... mas ainda sim, um 'eu'! eu me vi nostálgica e cenas de mim, na sua pele, me passaram correndo pela cabeça... sim, somos bem parecidos! ò.ó
    vocÊ, meu amigo, aprecia coisas simples... e eu também! e ser privado delas, sempre nos frustra!
    aaah, nostalgia! eu sou quase viciada em nostalgia! pessoas 'masoquistas' gostam de nostalgia, eu acho! não tem como fugir dela... saber apreciar a dor é quase um insano dom ò.ó
    acho que pessoas envolvidas com arte fazem drama e adoram drama e vivem o drama que causam! XD compreende-me? O.o

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  2. é sempre assim...
    a gente reclama,fala mal,"pede pra sair", mas não tem jeito, quando a gente sai,quer voltar...por obrigação ou não...
    o fato é que tudo na vida requer sacrificios, pq não sei quem foi o sadomasoquista que nos alienou com esse pensamento de que "quanto maior o sacrificio,no fim a dor não sera em vão" (ou coisa parecida)... entretanto eu lhe compreendo... e entendo o seu sentimento que ainda se manifeta, mas creio que é pq vc não se abriu totalmente para o seu novo mundo, e quando isso acontecer, e vc se encontrar de novo,vai saber aproveitar,afinal vc ja descobriu o segredo da vida "carpe diem"! e então sempre que quiseres voltar para o seu velho mundo,nós estaremos aki para busca-lo e enche-lo com o mais puro e fresco entretenimento ja conhecido... nosso carinho,mas para isso enfim acontecer, vc deve terminar o que deve ser feito dai... para enfim viver intensamente de onde quer que vc esteja...

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