domingo, 15 de agosto de 2010

Definhando.

Matthew Mayfield - First In Line

Em que ponto me perdi?

Até que ponto faz sentido? Viver, tentar, lutar, vencer...?

Não sei se tenho opções...

Acho que essa é uma daquelas situações da vida, em que não há opções...você só tem que lidar com isso.

Sei na verdade divina da frase " portanto dê o melhor de si...", que eu hei de aprender muito, e muito com isso, quando e se, eu superar. Meu medo, não é de não aprender, não é de ter mais 4 meses de mais do mesmo... meu medo é ver que a distância seja a única forma. Não, não a distância pela ausência, mas pelo fracasso espiritual e psicológico que eu me tornarei eternamente pra mim mesmo. Pela fraqueza eminete que eu terei em mim, e um medo interminável de me relacionar no futuro. Pela veronha de não ter conseguido lutar contra isso, e só o tempo ter sido capaz, evidenciando minha inutilidade.

Eu não sei se acredito numa melhora, não sei se acredito que haja uma força dentro de mim, uma força de vontade, suficientemente forte pra me levantar. Sei que estive à beira do abismo, e sei com certeza, que não voltarei pra lá. Não sei se devo ficar feliz ou triste por isso. Pois não ir mais pra lá, deveria significar melhorar...mas eu simplesmente me acomodo. Tudo bem, não vou a beira do abismo, mas também, lutar é muito difícil. Estagnei.

Definhando, sim, definhando, todas às vezes que sento no sofá e penso...

Pensar nunca foi, nem nunca deveria ser penoso. Meu pensar é constante, sou um ser pensante, e me voltar pra dentro de mim sempre foi bom, sempre foi reflexivo, e me tornou mais crítico. Mais em alguma parte disso tudo, quando me perdi, a parte boa do pensar deu lugar a uma obsessão, a uma doença insaciável. E agora o pensamento me persegue...

Sim, talvez eu não tenha ocupações o suficiente, talvez tenha tempo demais pra pensar, mas não consigo me conformar com a ideia de ter que me afastar do meu pensar, pra não definhar.

Definho sim, e não sei se mudarei, não sei...porque não sou forte, porque não tenho força de vontade, porque não tenho auto-estima e porque estou rendido.

A única opinião que me importa nem sempre é consistente como deve ser. Não posso reclamar, não posso mudá-la, não posso cobrar (quase) nada dela... apenas tenho de aceitá-la, e isso é demais.

Não vou fazer absolutamente nada a respeito, vou continuar onde estou...

Talvez invisivelmente, inevitavelmente, eu esteja sendo impulsionado, esteja mudando, me adaptando...

Sim, em alguma parte sinto mudanças, mas pensar assim...não sei talvez seja ser otimista demais, seja ser condescendente demais, seja ser bonzinho demais comigo mesmo.

Sou imediatista, pessimista e rígido, e tenho medo de cedendo sofrer mais.

Acho que as armas que tenho na mão, e que ja me ensinaram a usar podem até servir, mas eu estou fraco, ou quero ser fraco demais pra usá-las. É mais fácil, mais cômodo, mais próximo, numa curta escala ficar onde estou, mas eu sei...só eu sei, que no longo prazo, eu sofro, sofro muito. E o mais triste é que ainda assim não me arrependo, prefiro permanecer...

Não sei que sentimento é esse, não sei que posse é essa, não sei, simplesmente não sei. Só tenho medo de por não saber, não consiguir mudar nesses 4 meses. Porque isso pra mim representa derrota... Derrota pra mim, pra ele, pra Ele e pra vida. Representa que não terei outra chance, que a situação continuará assim, durante anos e anos, e tornarei a minha pessoa tão especial em uma parte ruim, da qual me aproximar só trará sofrimento, em que tempo for.

Preciso me mudar, eu sei que sim, mas estou tão completamente perdido que não sei, não sei se consigo, duvido de mim, e exito pelo medo da dor, que já se apossou tanto de mim a ponto de me amedrontar. Eu costumava ser mais vivo...

Acho que Deus, deve ter planos grandes pra mim. Deve ter uma missão muito grande e muito complexa pra mim. Espero que eu faça jus, de alguma forma, ás expectativas Dele, do meu jeito, na medida que eu conseguir e na medida que tiver forças...Sei que Ele sempre espera mais, e me sinto pressionado por esse voto de confiança, pressionado a tentar mais um pouco...mas quase sempre, sempre caio, exito, e deixo passar.

Hoje é o dia de pensar, por isso, só vou pensar. Pensar naquele vazio, naquela lugar que quero criar e me enfiar sempre que precisar pensar. Sem nada, sem obsessão, sem família, sem amigos, sem absolutamente nada,






só o meu pensar.

Um comentário:

  1. A escolha q tinha de ser feita já foi. Ao menos não teve arrependimento! Agora é seguir em frente.
    E vc está lidando bem com isso, pq sua força vai reaparecendo lentamente ...e vc está fazendo o melhor q se possa fazer agora. Solidificando suas ideias, buscando respostas, e ainda lutando contra a insegurança e contra A coisa.
    Como eu te disse, não sei até q ponto se conformar é bom, mas acho q em algum momento ele nos ajuda a manter um certa calma na alma, e isso é bom..nos dá tempo para pensarmos e refletirmos em paz.
    Então aproveite e pense. pense. descubra o q é melhor para seu ser. o que te fará bem. o que fará vc recuperar sua razão sem perder sua essência emotiva.

    estarei aqui sempre!

    texto maravilhoso como sempre. com a pitada de subjetivismo q eu adoro!

    amo-te!

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